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sábado, 4 de julho de 2015

Mundo: Imagem de aposentado grego chorando ganha destaque em redes sociais


Imagem de aposentado grego chorando ganha destaque em redes sociais Sakis Mitrolidis/AFP

Fonte: ZH com AFP

A foto de um aposentado grego às lágrimas, tirada por um fotógrafo da AFP nesta sexta-feira, na frente de uma agência bancária de Tessalônica (norte), viralizou nas redes sociais. De acordo com a agência, o homem estava emocionado por não suportar assistir à crise da Grécia.
— Não posso suportar ver meu país nessa miséria. Por isso, estava abatido, não por meu problema pessoal — explicou Giorgos Shatzifotiadis, de 77 anos, por telefone.
Como muitos gregos, na manhã desta sexta-feira, ele tentou sacar no banco a quantia diária permitida no país pelas autoridades.
Na Grécia, algumas agências estão abertas esta semana apenas para os aposentados. As demais permanecem fechadas ao público até a próxima terça-feira.
O aposentado queria recuperar parte da pensão de sua mulher, que tem problemas de saúde. Depois de passar por três bancos fechados, finalmente conseguiu encontrar uma agência aberta.
— Os funcionários do banco me disseram que não podia retirar o dinheiro. Então, desabei — contou Shatzifotiadis.
Essa imagem — a de um aposentado de Tessalônica chorando sentado no chão, do lado de fora de uma agência bancária, com sua caderneta da poupança nas mãos e a carteira de identidade no chão — retrata o drama vivido pelos gregos.Assim como vários de seus conterrâneos, esse casal trabalhou vários anos na Alemanha, país-alvo das críticas da população grega por sua intransigência na crise do país e de onde sua mulher recebe a pensão.
— Trabalhei muito duro em uma mina de carvão e na fundição — continuou. — Vejo meus concidadãos mendigando alguns centavos para comprar pão, vejo os suicídios aumentarem. Sou uma pessoa sensível. Não consigo suportar ver meu país nessa situação. Tanto a Europa quanto a Grécia cometeram erros. Temos de encontrar uma solução.
O aposentado ainda não sabe se participará do referendo de domingo sobre as medidas de austeridade propostas pelos credores (UE e FMI) da Grécia, já que não tem dinheiro para ir até sua seção eleitoral, "a 80 km de Tessalônica".
— A não ser que meus filhos me levem de carro — reconheceu.

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