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terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Prefeitos pernambucanos estão insatisfeitos após reunião com Ministério da Saúde


Combate à epidemia é ''um problema a mais nas costas das prefeituras'', diz o prefeito de Cumaru, Eduardo Tabosa (PSD) / Foto: Guga Matos/JC Imagem

Fonte: Jornal do Comércio 

Irritado com o governo federal, que não apresentou nenhum plano de combate ao surto de zika vírus em Pernambuco durante a reunião realizada com prefeitos de todo o Estado, na última segunda  (30), em Gravatá, o prefeito de Cumaru, Eduardo Tabosa (PSD), foi categórico em sua avaliação: "agora, há um problema a mais nas costas das prefeituras".
Primeiro-secretário da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e tesoureiro da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), Tabosa participou da reunião com o ministro da Saúde,  Marcelo Castro, e com o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB). Na ocasião, o ministro informou que  17 ministérios estão envolvidos no combate ao problema, e prometeu que um plano com valores de investimento deve ser apresentado na próxima semana. Já Paulo Câmara anunciou um programa no valor de R$ 25 milhões, para tratar as crianças nascidas com microcefalia por conta do zika vírus e, também, combater os focos de mosquitos.
Durante a reunião, o ministro da Saúde admitiu que o País não combateu "para vencer" o mosquito Aedes aegypti, transmissor do zika, da dengue e da febre chikungunya. "O zika vírus é hoje o inimigo número um da saúde pública do Brasil", declarou Castro, que aproveitou para "puxar as orelhas" dos gestores pernambucanos, que pedem mais recursos para a Saúde. Ele apontou má gestão e desvio de recursos, cobrando mais eficiência. "A sociedade precisa saber que o seu dinheiro será bem aplicado", afirmou.
"Isso era uma bomba que ia explodir a qualquer momento. Não tinha como não acontecer", rebateu Tabosa, destacando que em abril o Ministério da Saúde mandou diminuir pela metade o número de agentes de epidemiologia que atuavam nos municípios. "Há seis meses não mandam o inseticida para matar os mosquitos", acusou. Para Tabosa, o governo federal foge da responsabilidade, quando coloca a culpa da epidemia na população. "Houve erro de condução por parte do Ministério da Saúde. Também estamos apreensivos quanto ao governo estadual, porque não sabemos se ele efetivamente tem condições de concentrar esse valor de R$ 25 milhões nesta ação", comentou.

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