Os 14 passageiros que estavam a bordo da traineira que virou na tarde de domingo na Baía de Guanabara eram amigos e moravam na Ilha do Governador. Pelo menos cinco deles eram da mesma família. No acidente, perto das ilhas do Governador e de Paquetá, três pessoas morreram. Cinco ainda estavam desaparecidas, e outras seis foram resgatadas com vida por um barco particular. O grupo teria saído de um cais na Ilha para fazer um passeio pela baía. Três corpos foram encontrados pelo Corpo de Bombeiros depois das 22h de domingo. Os corpos ainda não identificados são de dois homens e de uma mulher. Entre os desaparecidos estão uma criança de 3 anos, um adolescente de 14 anos, um homem e duas mulheres. Uma equipe do 19º Grupamento de Bombeiro Militar (Ilha do Governador) prestou os primeiros socorros aos resgatados — duas mulheres, dois homens, uma criança de 10 anos e uma adolescente de 14 anos —, que foram levados para o píer da empresa Transpetro, na Ilha do Governador. De lá, foram transferidos para o Centro de Emergência Regional (CER) no mesmo bairro. Segundo o g1, eles receberam alta no início da manhã desta segunda-feira.
Acionado às 17h25, o Corpo de Bombeiros do Rio iniciou uma operação de busca pelas vítimas. Guarda-vidas e mergulhadores tiveram o apoio de uma lancha, motos aquáticas e um helicóptero. A Marinha também participava da ação.
No momento do acidente, chovia no Rio. Barqueiros disseram que ventava bastante na baía. Às 16h50, por exemplo, o Centro de Operações Rio alertava no Twitter que núcleos de chuva atuavam sobre as zonas Norte e Sul, e que “sua parte mais intensa” se deslocava em direção à Baía de Guanabara. Outros avisos sobre a mudança de tempo foram postados mais cedo.
A traineira Caiçara tem 12 metros de comprimento. O comandante foi resgatado com vida. Inicialmente, foi divulgado que 12 pessoas estariam a bordo da embarcação no momento do acidente. Mas após o resgate do comandante o número foi atualizado para 14 ocupantes.
Em nota, a Marinha confirmou que houve um emborcamento de uma traineira. A Capitania dos Portos vai instaurar um procedimento para apurar as causas e as circunstâncias do acidente, assim como as responsabilidades.
Em novembro do ano passado, uma ventania arrebentou as amarras do graneleiro São Luiz, que há anos estava na Baía de Guanabara. A embarcação de 200 metros de comprimento e 30 de largura ficou à deriva até bater num dos pilares da Ponte Rio-Niterói. O navio foi levado para o Cais do Porto.
O GLOBO
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