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terça-feira, 9 de abril de 2024

Três meses depois, Wajima tenta se reerguer de terremoto que devastou a cidade

Três meses depois, Wajima tenta se reerguer de terremoto que devastou a cidade


 Levará anos para que a região oeste do Japão se recupere do terremoto ocorrido no dia 1º de janeiro deste ano. A CNN Brasil esteve no começo de março na cidade mais atingida, Wajima. Por lá, poucas casas resistiram de pé. As que não estão inclinadas, condenadas pela defesa civil local, estão no chão. 241 pessoas morreram presas nos escombros.

A região ainda enfrentava dificuldades de circulação quando estivemos lá. Especificamente em alguns pontos de Wajima, havia ruas interditadas por escombros que ainda não haviam sido removidos. Em compensação, os sinais de trânsito estavam funcionando e a telefonia móvel também. Contradições de um país que sabe como agir em casos de emergência.

Mas ainda faltava água. Em um terremoto, as tubulações subterrâneas são as primeiras a se romper. Estivemos em um local perto da cidade que recebia caminhões-pipa de Tóquio — a distância não impede a solidariedade. Também estava estacionado um caminhão com máquinas de lavar roupa. Encontramos o senhor Akira abastecendo garrafões de água que trouxe no porta-malas do carro.

Em vez de reclamar, ele se mostra resignado. “Precisamos entender as dificuldades, a topografia não ajuda nessa recuperação. Estamos todos sofrendo”, contou.

Wajima fica na ponta da península de Noto, província de Ishikawa. Fica a cerca de 530 km, de carro, de Tóquio. As estradas que levam até a península alternam cenários de montanha e à beira-mar. Em ambos é possível ver o impacto do terremoto de 7,6 de magnitude do primeiro dia do ano. No interior, vários pontos de deslizamento. Terra misturada com neve, que desceu interditando pistas. A maioria já estava reaberta – com os detritos recolhidos em grandes sacos numerados, para saber exatamente o quanto desceu de cada montanha.

CNN

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