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Em mais um capítulo para protelar a tramitação da ação que pede a cassação de seu mandato, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), tem orientado aliados a esvaziarem a reunião do Conselho de Ética desta quinta-feira, 19, quando o relator do processo, Fausto Pinato (PRB-SP), apresentará seu parecer pela continuidade da ação.
Nas contas dos três maiores aliados de Cunha no Conselho, Paulinho da Força (SD-SP), Jovair Arantes (PTB-GO) e André Moura (PSC-SE), o peemedebista tem de 8 a 10 votos favoráveis a ele, entre os 21 membros do colegiado.
Outra estratégia é derrubar o relatório preliminar de Pinato, que trata apenas da admissibilidade do caso. Caso isso ocorra, cabe recurso ao plenário de um décimo dos parlamentares da Casa - pelo menos 52 deputados. A ideia incluiria por o recurso em votação logo pela manhã no plenário da Câmara. Pelas regras da Casa, as comissões não podem deliberar quando começa a chamada "ordem do dia" no plenário principal.
E se tudo der errado, ainda restará o pedido de vista do relatório, o que adia a apreciação do parecer para a semana que vem.
O presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PSD-BA), disse não haver nenhuma possibilidade de acatar um pedido de afastamento de Pinato. "Ele não se manifestou em nenhum momento sobre questões de mérito. O relatório foi apresentado antes, porque ele terminou antes, mas está lacrado. Não tem nada demais".
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