Mais de 500 anos de história estão representados na exposição “História da Cidade do Natal”, aberta para visitação no Memorial Câmara Cascudo desde a semana passada e sem data definida para ser encerrada. O objetivo é oferecer um espaço para dar apoio às atividades educacionais do ensino básico, envolvendo alunos e professores, mas também para o público em geral.
Inspirada no livro de Câmara Cascudo, de 1947, que tem como título o mesmo nome, a exposição procura contar a história da capital do Rio Grande do Norte em 24 paradas, tendo como ponto de partida um painel do folclorista e historiador potiguar sentado em sua tradicional cadeira de balanço; no fim da amostra, os visitantes podem contemplar a Natal do futuro, com imagens que mostram, dentre outros, o novo Aeroporto Internacional Governador Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante.
Os visitantes poderão contemplar ainda objetos raros, como moedas portuguesas do ano de 1400, antes portanto do descobrimento do Brasil; achados arqueológicos da Fortaleza dos Reis Magos, livros de Gaspar Barleus sobre os feitos de Maurício de Nassau na cidade, fragmentos das algemas com as quais André de Albuquerque foi sepultado. Fazem parte ainda do acervo textos de Câmara Cascudo, mapas, cartas náuticas, pinturas e fotografias antigas da cidade.
A secretária extraordinária de Cultura do Rio Grande do Norte, Isaura Rosado, idealizadora da exposição, destaca duas peças que estão representadas na exposição: a do manequim de Jerônimo de Albuquerque Maranhão sentado na porta do andar de cima do memorial, olhando para a praça onde ele, em 1599, teria fundado Natal.
O outro momento é o representado pelos brincantes , que foram objetos de estudo de Câmara Cascudo. Os bonecos brincantes representam as etnias presentes no RN ao longo de sua história, como os índios, europeus e negros.
A exposição é de longa duração, o que significa que não tem data predefinida para acabar. No entanto, as escolas que desejarem levar seus alunos devem agendar com antecedência junto à organização do memorial.
A exposição recebe patrocínio do Governo do Estado, por meio da Secretaria Extraordinária de Cultura do RN (Secult). O valor investido não foi revelado pela secretária, que limitou-se a dizer que foi um “baixo custo”, já que foram utilizados materiais que a Fundação José Augusto já possuía, além de acervos particulares.
Todos podem participar e colaborar por meio de doações e empréstimo de materiais. “Será uma homenagem que fazemos à cidade e a Câmara Cascudo”, disse Isaura Rosado.
O Memorial Câmara Cascudo fica localizado na Praça André de Albuquerque, 30, Cidade Alta. A entrada é franca e está aberta ao público de segunda a sábado das 8h às 17h.
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