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domingo, 6 de dezembro de 2020

Brexit segue sem acordo concreto perto do fim do prazo de negociações

 

Fonte: Jovem Pan *Com informações do repórter Ulisses Neto 

Reino Unido registra dias conturbados. Não só a pandemia do novo coronavírus preocupa os britânicos, mas também a proximidade do Brexit, que indica uma possível saída da União Europeia sem um acordo comercial. As negociações ocorriam em Londres há semanas, mas nesta sexta, 5, o negociador europeu Michel Barnier, anunciou o congelamento das tratativas com a suspensão da reunião dos dois lados por falta de entendimento. A previsão máxima para que o Brexit se concretize após um adiamento prévio é o dia 31 de dezembro, mas sem um acordo comercial não há clareza sobre como as trocas de mercadorias entre os dois blocos devem ocorrer.

O Reino Unido é um dos principais parceiros da União Europeia. As trocas comerciais entre os dois lados são intensas e a projeção para um futuro sem negociação é de filas enormes na região onde se localiza a o Eurotúnel por causa da burocracia para entrar na região. O impacto para a economia britânica ainda não está claro, mas além dele, o cidadão europeu também deve ter problema. Nenhum dos dois lados deve sair ganhando, mas ambos têm posições firmes, precisamente ligadas a questões ideológicas envolvendo como a vida deve ser no continente europeu após a separação. De um lado, os britânicos querem fazer valer o direito de não querer mais agir de acordo com a cartilha de Bruxelas. Do outro, a Europa quer dar exemplo para que outras desfiliações não ocorram e que os produtores do mercado interno sejam protegidos.

A boa notícia diante dos tempos tempestuosos é de que as primeiras doses da vacina da Pfizer contra a Covid-19 chegaram ao Reino Unido e cerca de 800 mil devem entrar no país até a próxima semana. A campanha de vacinação deve começar nos próximos dias sem grandes problemas, sendo iniciada pelos mais idosos e profissionais da saúde, pessoas mais vulneráveis à doença. Enquanto isso, a população mais jovem do país dependerá da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, que teve pelo menos 100 milhões de doses encomendadas pelo bloco, mas não tem previsão para estar disponível no sistema público de saúde por necessidade de rechecagem dos estudos.




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