Fonte: O Globo
O plano preliminar de imunização do Ministério da Saúde prevê a aplicação da vacina em quatro fases e um contingente de 109,5 milhões de brasileiros imunizados em duas doses. A imunização de grupos prioritários será feita de acordo com a disponibilidade de doses. A expectativa da pasta é de começar a imunização em março, isso dependerá, no entanto, da aprovação de alguma vacina pela Anvisa.
Primeira fase: trabalhadores da saúde, população idosa a partir dos 75 anos de idade, pessoas com 60 anos ou mais que vivem em instituições de longa permanência (como asilos e instituições psiquiátricas) e população indígena
Segunda fase: pessoas de 60 a 74 anos.
Terceira fase: pessoas com comorbidades que apresentam maior chance para agravamento da doença (como portadores de doenças renais crônicas e cardiovasculares).
Quarta fase: professores, forças de segurança e salvamento, funcionários do sistema prisional e população privada de liberdade.
A pasta apresentou um plano geral, mas que leva em consideração as especificidades das vacinas que estão em fase 3 de desenvolvimento, como a desenvolvida por Oxford em parceria com a AstraZeneca, além das que compõem o consórcio Covax Facility. Também na fase 3, a CoronaVac, desenvolvida pela Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, estaria contemplada.
O ministério não definiu, no entanto, a quantidade de insumos (como seringas) e salas de vacinação necessárias para realizar a imunização na população. O argumento é de que esses pontos dependerão da quantidade de doses disponibilizadas ao país. Atualmente, o Ministério possui de 100,4 milhões de doses da vacina de Oxford e 42,5 milhões do consórcio Covax.
Em nota, a pasta afirmou que a pasta está no” processo de compra de 300 milhões de seringas e agulhas no mercado nacional para aplicação das doses, e outras 40 milhões no mercado internacional.”
O Ministério disse ainda que já foi realizada pesquisa de preços e emissão de nota técnica para elaboração do edital de compra, que será lançado na próxima semana.
Os eixos que compõem o plano são: situação epidemiológica, atualização das vacinas em estudo, monitoramento e orçamento, operacionalização da campanha, farmacovigilância, estudos de monitoramento pós marketing, sistema de informação; monitoramento, supervisão e avaliação; comunicação; encerramento da campanha.
A pasta definiu os grupos prioritários a partir de orientação da Organização Mundial de Saúde. A definição de quem será imunizado primeiro ainda pode mudar , de acordo com a pasta.
— É um grande desafio que temos pela frente. Mas temos capacidade técnica, tempo, expertise e pessoas reunidas com vontade fazer o melhor plano do mundo — afirmou o ministro Eduardo Pazuello durante a reunião com técnicos.
O ministro voltou a dizer que todas as vacinas serão consideradas pelo governo:
— Estamos na prospecção de todas as vacinas. Todas são importantes.
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