Fonte: Jovem Pan *Com informações do repórter Rodrigo Viga
Os recursos do acordo de colaboração premiada do empresário Eike Batista que foi homologado recentemente pelo STF acabaram sendo bloqueados pela Justiça de Minas Gerais. A decisão prevê o bloqueio de verbas milionárias que seriam pagas por Eike Batista no âmbito do acordo de delação. A suspensão foi determinada pela juíza que cuida da recuperação judicial da MMX, uma das várias empresas do antigo Império X do empresário. A delação de Eike foi homologada no mês passado pela ministra do STF Rosa Weber. O acordo de Eike Batista previa uma série de obrigações. Há a possibilidade, inclusive, do ex-bilionário cumprir pena no sistema carcerário e só depois ser beneficiado pela progressão de regime. Eike chegou a ser preso em 2017 e 2019 após ser alvo da Lava Jato.
A força-tarefa o acusou de manipulação de mercado de capitais e lavagem de dinheiro, que teria sido montado para abastecer o esquema de corrupção e propina do ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral. Cerca de US$ 16,5 milhões teriam sido repassados ao grupo de Cabral em troca de vantagens às empresas do Império X. O ex-bilionário brasileiro teria também que pagar, por esse acordo firmado e homologado pelo STF, uma multa de aproximadamente R$ 800 milhões por conta de crimes confessados. São esses os recursos que foram bloqueados pela justiça mineira. Em princípio, a verba seria destinada ao combate a Covid-19 e ao desmatamento. Procurada, a defesa de Eike não se manifestou.
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