Fonte: A Referência
Em sua primeira entrevista coletiva depois de eleita, nesta segunda (30), a nova presidente da Moldávia, Maia Sandu, pediu que as tropas russas se retirem da região separatista da Transnístria, no leste do país.
Segundo Sandu, as forças russas nunca tiveram permissão para entrar na região de Trans-Dniester, na fronteira com a Ucrânia. “Somos um país independente que não quer que as tropas estrangeiras permaneçam em seu território”, disse ela, como registrou a BBC.
Para a nova presidente, eleita no dia 15, as tropas russas devem ser substituídas por monitores civis orquestrados pela OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa).
“Esta não é apenas uma declaração, mas uma necessidade”, afirmou. “Vamos trabalhar com a Rússia pelo tempo que for necessário para resolver a questão da remoção de armas e retirada de tropas“.
A região da Transnístria se separou da Moldávia após uma breve disputa em 1992, mas não é reconhecida pela comunidade internacional.
A afirmação tende a desgastar as relações entre Chisinau e Moscou. Com o aliado ao Kremlin, Igor Dodon – derrotado nas urnas para Sandu – à frente da Moldávia, a Rússia apoiou a antiga nação soviética contra os separatistas.
Estima-se que 1,5 mil soldados operem na região. Em resposta às declarações, o governo russo afirmou que a medida pode ser “desestabilizadora”. “Esperamos que as autoridades permaneçam no local”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
“Qualquer mudança pode levar a uma ‘desestabilização séria’ na região”, afirmou Peskov. Sandu deve tomar posse como presidente até o final do ano.
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