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quarta-feira, 10 de julho de 2024

Cumprimento de mandados de busca e apreensão na Câmara Municipal de Severiano Melo no RN, bagatela de R$ 2 milhões de Reais


 Foto: Divulgação/MPRN

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) deflagrou nesta quarta-feira (10) uma operação que investiga o desvio de mais de R$ 2 milhões dos cofres públicos do município de Severiano Melo, na Região Alto Oeste potiguar, entre os anos de 2013 e 2020.

Foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão nas cidades de Mossoró, Pau dos Ferros, Martins, Francisco Dantas e Taboleiro Grande, além da própria Severiano Melo.

Segundo o MP, os desvios teriam sido encabeçados por um ex-prefeito e um ex-secretário de finanças do município.

Procurada, a Prefeitura de Severiano Melo informou, em nota, que desde que foi acionada tem colaborado com o MPRN "entregando todos os documentos solicitados para fins de investigação do processo da Operação Desvio".

O Município reforçou que, "prezando pela responsabilidade e transparência, cumpre o seu dever de colocar à disposição das autoridades competentes todos os documentos e as informações necessárias para elucidação dos fatos".

Um dos pontos de cumprimento dos mandados de busca e apreensão foi a Câmara Municipal de Severiano Melo. Segundo o MP, "um dos principais investigados ocupa o cargo de vereador na cidade".

A Justiça do RN também autorizou o sequestro de bens dos investigados e o bloqueio de contas bancárias, de planos de previdência e ainda a indisponibilidade de veículos dos envolvidos nas fraudes.

Ao todo, oito promotores de Justiça, 27 servidores do MPRN e 52 policiais militares participaram da ação.

Segundo o Ministério Público, os suspeitos de executarem o esquema se aproveitavam das facilidades derivadas dos cargos de gestão e desviavam o dinheiro público para as contas-correntes deles próprios e também para as contas de terceiros, "na maioria, parentes ou pessoas que detinham com eles alguma espécie de vínculo".

O ex-prefeito e o ex-secretário investigados se beneficiavam do repasse indevido e direcionavam os valores também a terceiros, parentes ou pessoas conhecidas.

Segundo o MP, também estão sendo investigados mulher, filhos, irmãos, sobrinhos e até a sogra de um dos suspeitos de encabeçar o esquema.

G1 RN



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