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sexta-feira, 12 de julho de 2024

O Nó dos Juros: Dívida pública cresce R$ 2 bi por dia e desponta como alerta para o BC decidir a Selic



Quando um governo gasta mais do que arrecada, é preciso pedir dinheiro emprestado para quitar as contas. E esse tem sido o expediente usado pelo governo do Brasil.

Nos últimos 12 meses, a dívida bruta do setor público cresceu 13% e alcançou R$ 8,522 trilhões.

O aumento da dívida é um dos fatores que gera desconfiança do Banco Central (BC) sobre o rumo da inflação. Isso porque o aumento da dívida indica que as despesas do governo sobem mais que a arrecadação.

Esse fenômeno resulta em inflação, que é a principal preocupação do BC.

A análise dos números mostra que a dívida brasileira tem aumentado a um ritmo forte. Nos últimos 12 meses, a dívida bruta aumentou quase R$ 1 trilhão.

Foram mais de R$ 2 bilhões por dia, R$ 109 milhões por hora ou R$ 30 mil extras na dívida pública brasileira a cada segundo dos últimos 12 meses.

Há quem ganha com a dívida

Mas há um outro lado dessa moeda. Se o governo tem mais dívida, também paga mais juros. E esse dinheiro cai no bolso de quem tem dinheiro guardado.

Quando se investe no Tesouro Direto ou em fundo de renda fixa, o dinheiro, na verdade, está sendo emprestado ao governo federal.

E só em 2023 o governo federal pagou R$ 816,2 bilhões em juros aos credores da dívida pública.

Ou, se você preferir, esses bilhões foram pagos aos investidores que compraram títulos da dívida pública, como no Tesouro Direto. Nesse grupo que recebe mais quando o juro é maior estão desde os pequenos investidores até as grandes instituições financeiras do Brasil e exterior.

CNN



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