Foto: Reprodução
Uma parede do Canal do Pataxó rompeu na tarde desta quinta-feira (5) e prejudicou o fornecimento de água em pelo menos 10 cidades do Rio Grande do Norte.
O Canal do Pataxó é uma estrutura construída para perenizar o rio Pataxó, ou seja, evitar que ele seque de forma periódica, e que conta com água da barragem Armando Ribeiro Gonçalves, a maior do estado. O canal tem 9 km de extensão e fica entre Itajá e Ipanguaçu.
A água do canal é utilizada por agricultores na irrigação ao longo do percurso do rio Pataxó, para cultivo de peixes e também para abastecimento da própria população.
A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) e a Companhia de Águas e Esgotos do RN (Caern) informaram que o abastecimento pela adutora Sertão Central foi suspenso após o rompimento, o que prejudicou as cidades.
Com isso, ficaram sem fornecimento de água os municípios:
Angicos
Fernando Pedroza
Pedro Avelino
Lajes
Pedra Preta
Caiçara do Rio do Vento
Jardim de Angicos
Riachuelo (incluindo a comunidade de Cachoeira do Sapo)
Santana do Matos (zona rural)
Santa Maria (zona rural)
Para não prejudicar o fluxo da água pelo canal, a Semarh e a Caern comunicaram sobre a instalação de um sistema “by-pass”, que consiste na colocação de tubos dentro do canal.
“Todos os esforços estão sendo empenhados pelas equipes para minimizar os transtornos à população”, comunicaram. em nota, os órgãos.
Caern e Semarh não deram previsão para a religação da adutora
Caern e Semarh não deram previsão para a religação da adutora e a normalização do fornecimento de água para os municípios prejudicados, “pois são necessárias avaliações técnicas para que a captação de água seja novamente feita pelo Pataxó”.
Os órgão recomendaram que a população use água de forma racional e armazene de forma segura enquanto o problema durar.
Canal do Pataxó
Inaugurado em 1995, o Canal do Pataxó é um canal por gravidade, que efetua a transferência da tomada d’água da barragem Armando Ribeiro Gonçalves até o rio Pataxó, com capacidade de adução de 2,2 m³/s.
As águas do canal são utilizadas principalmente para irrigação, criação de peixes e abastecimento humano, com destaque para a captação do sistema adutor Sertão Central-Cabugi, cuja operação é realizada pela Caern, e a captação do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) para atendimento à população do município de Itajá.
g1
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