Fonte: De Fato
Os números de empregos no setor também recuaram, de acordo com a pesquisa. O indicador de empregados caiu 1,38%, passando de 43,6 para 43,0 pontos, no comparativo com o mês anterior. Tanto as pequenas quanto as médias e grandes indústrias informaram redução no pessoal empregado, conforme indicadores de 43,8 e 42,7 pontos, respectivamente. Além disso, “observa-se que os estoques de produtos finais sofreram nova queda, e ficaram abaixo do nível desejado pelo conjunto da indústria”.
Diante de um ambiente econômico adverso, as perspectivas para os próximos seis meses são pessimistas, ou seja, os empresários potiguares esperam queda da demanda, das compras de matérias-primas e da quantidade exportada. A intenção de investimento do conjunto da indústria voltou a cair - queda de 3,9 pontos na comparação com dezembro e de 10,5 pontos em relação a janeiro de 2015.
Quanto aos indicadores avaliados trimestralmente, os empresários mostram-se insatisfeitos com a margem de lucro e a situação financeira. Além disso, avaliam que o acesso ao crédito tornou-se mais difícil no quarto trimestre de 2015 e que os preços médios das matérias-primas aumentaram em relação ao trimestre anterior, embora com menor intensidade.
O principal problema do trimestre, na opinião dos empresários potiguares, foi a elevada carga tributária; seguida pela falta ou alto custo da energia, pela demanda interna insuficiente, pelas altas taxas de juros e pela falta ou alto custo da matéria-prima.
O indicador de evolução da produção caiu 8,52%, passando de 41,1 para 37,6 pontos, no comparativo com o mês anterior. O comportamento da produção industrial é semelhante quando a análise é segmentada por porte da empresa. Tanto as pequenas quanto as médias e grandes empresas registraram queda na produção entre novembro e dezembro, conforme indicadores de 47,5 e 34,4 pontos, respectivamente.
Comparando-se os indicadores avaliados pela Sondagem Industrial do RN com os resultados nacionais divulgados pela CNI (veja aqui), observa-se que, de um modo geral, as avaliações convergem, com a diferença de que os empresários nacionais reportaram que os estoques de produtos finais estavam dentro do planejado pelas empresas; e preveem aumento na quantidade exportada dos seus produtos nos próximos seis meses.
A Sondagem das Indústrias Extrativas e de Transformação do Rio Grande do Norte foi realizada entre os dias 4 e 13 de janeiro de 2015.
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