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domingo, 5 de abril de 2020

Vacina para covid-19 elaborada nos EUA tem bons resultados em ratos


Pesquisador da Universidade de Pittsburgh trabalha em vacina para covid-19

Fonte: EFE

Pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, testaram com êxito com ratos uma vacina que neutraliza o novo coronavírus, que provoca a covid-19, doença que se tornou pandêmica, segundo artigo publicado nesta quinta-feira na revista EBioMedicine.
Os cientistas envolvidos no estudo, no entanto, apontaram que a avaliação da eficácia com humanos infectados pelo coronavírus pode demorar meses.
Segundo o artigo, a vacina é administrada em ratos através de microagulhas e produz anticorpos específicos contra o SARS-CoV-2, em quantidades consideradas suficiente para neutralizá-lo.
"Tivemos experiências prévias com o SARS-CoV, em 2003, e com o MERS-CoV, em 2014", explica Andrea Gambotto, professor de cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade de Pittsburgh, se referindo a dois vírus relacionados com o que causa a covid-19.

Pesquisas sobre Sars e Mers ajudaram

De acordo com o especialista, as pesquisas anteriores ensinaram aos cientistas que uma proteína em particular, conhecida como "spike" (uma espécie de chave, que se insere em um receptor das células humanas, para penetrá-las), é importante para induzir a imunidade contra o vírus.
"Sabíamos exatamente onde combater esse novo vírus, daí a importância de financiar a investigação de vacinas. Nunca se sabe de onde virá a próxima pandemia", disse Gambotto.

Microagulhas

Para potencializar o efeito, foi utilizado um método inovador, de microagulhas, com um aplicador adesivo, do tamanho da ponta de um dedo, com 440 agulhas muito pequenas e feitas de açucar, que administram as peças da proteína "spike" na pele, onde a reação de imunidade é mais forte.
Quando aplicadas em ratos, as vacinas geraram um aumento de anticorpos à SARS-CoV-2, em cerca de duas semanas, o suficiente para neutralizar o vírus.
Os autores já deram entrada no pedido de solicitação, junto às autoridades americanas, para iniciar os primeiros testes clínicos com humanos, o que não significa, no entanto, que haverá disponibilização para a população no curto prazo.
"A avaliação com pacientes, normalmente, requere um ano ao menos, provavelmente, mais tempo", disse Louis Falo, diretor da cadeira de Dermatologia na Escola de Medicina da Universidade de Pittsburgh.

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