Fonte: Jovem Pan
A terça-feira, 25, foi mais um dia de muitas reuniões no Palácio do Planalto para tentar fechar o pacote de medidas sociais prometido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. O ministro tem dito que o valor do benefício: o Renda Brasil que vai substituir o bolsa família deverá ficar entre R$ 250 e R$ 300. O benefício médio do Bolsa família, atualmente, é de R$ 187. O presidente Jair Bolsonaro gosta da ideia de fechar com os R$ 300. Mas para isso, o ministro tem pressionado pela unificação de programas sociais e corte de algumas deduções. A área técnica defende acabar por exemplo, com o abono salarial, seguro defeso e farmácia popular para compensar o aumento do valor do benefício no Renda Brasil.
O presidente tem resistido a várias propostas, mas afirma que já existe uma sinalização de acordo. A prioridade, nesse momento, é definir o valor do auxílio emergencial, que será prorrogado até dezembro. Bolsonaro admitiu que o impasse continua quando o assunto é o valor do benefício, mas ele afirma que já houve avanços. Atualmente, o benefício é de R$ 600, a área econômica falava em R$ 200 e o presidente gostaria que ficasse no meio termo: R$ 300 reais por mês.
Casa Verde Amarela
Ainda na terça-feira, o governo anunciou, sem a presença de Paulo Guedes, a mudança de nome do programa “Minha Casa, Minha Vida” que a partir de agora vai se chamar Casa Verde e Amarela. O novo programa promete retomar obras paradas e regularizar imóveis de baixa renda, além de aumentar a oferta e reduzir os juros do financiamento habitacional. Com foco no Norte e Nordeste do país, a promessa é atender o programa para 1,6 milhão de famílias. Bolsonaro pediu o apoio de deputados e senadores e disse que “a bola agora está com o Congresso Nacional“. O governo fala em garantir um crescimento de 350 mil contratos ao longo de quatro anos. Para isso, sinaliza com a possibilidade de reduzir os juros do FGTS e mudar a remuneração dos agentes financeiros. No Norte e Nordeste as taxas poderão chegar a 0,5% para família com renda mensal de até R$ 2 mil.
O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, diz que a promessa do programa é oferecer a menor taxa de juros da história voltada para o financiamento da casa própria e garantiu que o governo não quer tomar imóvel quer renegociar as dívidas de quem não está conseguindo pagar as prestações. Otimista, o presidente da Febraban, da Federação Brasileira dos Bancos, Isaac Sidney, afirmou que o mercado de crédito no Brasil fluiu e que a sensação é que já voltamos ao patamar pré-crise.
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