O ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, morreu na madrugada deste domingo (21), aos 93 anos. O ex-dirigente passou mal em casa na noite de sábado e foi levado ao Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde não resistiu. A informação foi confirmada pelo Estadão.
Nos últimos meses, Marin enfrentava problemas de saúde, tendo sofrido um acidente vascular cerebral (AVC) no fim de 2023, que agravou seu quadro delicado e o manteve sob cuidados médicos contínuos.
Marin viveu de maneira reservada na capital paulista durante os últimos anos. O velório está marcado para este domingo, entre 13h e 16h, na Funeral Home, em São Paulo.
O ex-dirigente teve uma trajetória marcada por polêmicas no futebol brasileiro. Além da carreira esportiva, Marin teve atuação política nos anos 1980 como deputado estadual, vice-governador e, por breve período, governador de São Paulo. Também presidiu a Federação Paulista de Futebol entre 1982 e 1988.
Marin construiu uma longa carreira política antes de chegar à presidência da CBF. Filho de imigrantes espanhóis, teve infância humilde e conciliou a carreira como jogador amador de futebol com os estudos de Direito na USP. Em 1963, foi eleito vereador pelo Partido de Representação Popular (PRP). Já filiado à Arena, partido ligado ao regime militar, tornou-se presidente da Câmara Municipal de São Paulo em 1969.
Na década de 1970, exerceu dois mandatos como deputado estadual e, em 1978, foi eleito vice-governador de São Paulo. Entre 1982 e 1983, assumiu o governo do Estado por cerca de dez meses, substituindo Paulo Maluf, a quem era associado e do qual recebeu críticas intensas, sendo chamado de “irmão siamês”. Seu governo foi marcado por polêmicas, incluindo a reprovação das contas e suspeitas envolvendo empréstimos da Caixa Econômica Estadual.
Estadão
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