O mais novo navio de guerra da Coreia do Norte foi severamente danificado durante uma cerimônia de lançamento na quarta-feira (21), com a presença do líder do país, Kim Jong-un, que testemunhou o acidente.
Segundo ele, o ocorrido envergonhou o prestígio da nação e prometeu punir os responsáveis, informou a mídia estatal.
Em uma rara admissão de falha, a Agência Central de Notícias da Coreia (KCNA na sigla em inglês) relatou que um mau funcionamento no mecanismo de lançamento fez com que a popa do contratorpedeiro de cinco mil toneladas, deslizasse para dentro da água, esmagando partes do casco e deixando a proa encalhada na plataforma.
Kim chamou a falha no lançamento de “um ato criminoso” e atribuindo a um “absoluto descuido” e à “irresponsabilidade” de diversas instituições estatais, incluindo o Departamento da Indústria de Munições, a Universidade de Tecnologia Kim Chaek e o escritório central de projetos de navios.
Conforme uma análise militar sul-coreana, o navio está tombado na água, relatou o porta-voz do Estado-Maior Conjunto (JCS), Lee Sung-joon, durante uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira (22).
Analistas navais explicaram que os danos sofridos por um navio em caso de mau funcionamento do lançamento poderiam ser “catastróficos”. A mídia estatal não divulgou imediatamente imagens do acidente.
“Se o navio não se mover em conjunto, as tensões romperão o casco”, disse Sal Mercogliano, professor da Universidade Campbell, na Carolina do Norte, e especialista marítimo, à CNN.
Busca por modernização
O analista naval Carl Schuster, no Havaí, após analisar o relatório da KCNA, afirmou que acredita que as tensões “deformariam o casco, induziriam rachaduras e (possivelmente) quebrariam a quilha, dependendo de onde a maior tensão incidisse”.
O fracasso no lançamento representa um retrocesso para o que os analistas consideram o esforço de modernização naval mais ambicioso da Coreia do Norte em décadas.
CNN
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