Trump tem oscilado entre ameaçar Moscou com novas sanções e criticar duramente Kiev. Após um dos recentes ataques, afirmou nas redes sociais que o presidente russo Vladimir Putin havia “enlouquecido completamente”. Mais tarde, entretanto, ao falar com jornalistas, declarou que não gostava da postura do o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e que “tudo o que sai da sua boca causa problemas”. E concluiu: “Eu não gosto disso, e é melhor parar”.
Durante uma reunião na Casa Branca em fevereiro, Trump pressionou Zelensky a negociar diretamente com Putin, dizendo que o ucraniano “não tinha cartas”. Dias depois, os Estados Unidos suspenderam temporariamente os envios de ajuda militar a Kiev, um movimento interpretado pelo Kremlin como sinal de enfraquecimento do apoio internacional e que ajuda a explicar o aumento dos ataques recentes.
Enquanto evita recusar frontalmente as propostas americanas, Putin tem feito novas exigências e culpado Kiev pelo impasse nas negociações. Segundo os analistas, o objetivo é parecer aberto ao diálogo e, ao mesmo tempo, ampliar o desgaste político e militar do governo ucraniano.
Os impactos da estratégia russa têm sido devastadores. Em abril, 209 civis morreram em bombardeios, o mês mais letal desde setembro de 2024, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas). Entre as vítimas, três irmãos, todos menores de idade, foram mortos em Korostyshiv, cidade da região central da Ucrânia. “O objetivo da Rússia é medo e morte”, afirmou o ministro do Interior ucraniano, Ihor Klymenko.
A Referência
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