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domingo, 27 de janeiro de 2019

Facebook muda regras e vai identificar “notícias falsas”


Fonte; Agência Brasil

O Facebook anunciou mudanças nas regras para as páginas dentro da plataforma. A principal delas é a identificação de publicações consideradas “notícias falsas” e que, em razão disso, têm a distribuição reduzida. Os administradores das páginas poderão ver quais mensagens foram enquadradas nesta categoria. Também terão acesso a outros conteúdos retirados por violarem as normas internas da companhia (os Parâmetros da Comunidade).
Os administradores de páginas passarão a ter acesso a uma “aba” denominada “Qualidade da Página”. Nela, ficarão listados os posts avaliados como “falsos”, “mistos” ou com “título falso”, conforme categorias definidas pela empresa. A classificação é feita por agências de checagem de fatos parceiras (conheça as regras de análise aqui). Até agora, quando uma publicação era marcada desta maneira não havia qualquer sinalização nem ao autor nem aos administradores de páginas. O autor, contudo, seguirá sem ser notificado.
A redução de alcance de conteúdos considerados “notícias falsas” vem sendo adotada pela rede social, sem remover os posts mas criando obstáculos a sua difusão. “Esperamos que isso forneça às pessoas as informações necessárias para policiar comportamentos inadequados de administradores de uma mesma página, entender melhor nossos Padrões da Comunidade e, em alguns casos, nos informar quando acreditarem que tomamos uma decisão incorreta sobre um determinado conteúdo”, afirmou a empresa em comunicado oficial. No Brasil, o Facebook estabeleceu parceria com entidades de checagem de fatos, como a Agência Lupa, aos Fatos e France Press para verificar circulação de notícias falsas durante as eleições de 2018.
CONTEÚDOS REMOVIDOS
Além das publicações classificadas como “notícias falsas”, os administradores de páginas poderão ver também os conteúdos removidos por não respeitarem as normas internas, os chamados Parâmetros da Comunidade. Entram aí mensagens enquadradas como “discurso de ódio”, “violência”, “conteúdo explícito”, “assédio”, “bullying”, “produtos controlados”, “nudez adulta”, “atividades sexuais” e “apoio ou glorificação de indivíduos não permitidos no Facebook”.
Os posts apontados dentro dessas categorias já eram retirados, mas sem explicação. Com isso, o administrador poderá ver as publicações banidas. Segundo o anúncio do Facebook, o administrador passa também a poder contestar uma remoção. Alguns tipos de derrubada não serão informados nesse processo, como “spam”, “posts caça-cliques” ou “violações de propriedade intelectual”.
REINCIDÊNCIA
Outra medida anunciada foi a fiscalização mais rígida de autores de páginas removidas. A plataforma já impedia a criação de um espaço deste tipo semelhante a um derrubado por violar as normas internas. Mas, segundo a companhia, foram identificadas “pessoas trabalhando para contornar nossa política, usando páginas existentes que elas já gerenciavam para o mesmo propósito que a página removida por violar nossas políticas”.
Em resposta a isso, o Facebook poderá retirar outras páginas de autores de páginas removidas mesmo que aquelas não tenham incorrido em alguma violação. Para fazer isso, explicou a plataforma, será avaliado “um amplo conjunto de sinais”, como os administradores ou se o nome é similar.
MEDIDA TÍMIDA
Na avaliação do mestre em direito e pesquisador do Instituto Beta Paulo Rená, as medidas anunciadas sinalizam para maior transparência na remoção de conteúdos, mas ainda são “tímidas” e podem “não fazer muita diferença”.
“Não me parece haver nenhum indicativo de mais permeabilidade do Facebook para ouvir a comunidade. Isso pode manter a situação de inércia perante falsos positivos, quando conteúdos legítimos são removidos sem que haja real possibilidade de reação pelas pessoas interessadas; ou quando conteúdos ofensivos, especialmente relacionados a discurso de ódio, são mantidos online a despeito de protestos na própria rede”.
Já a advogada e integrante do Comitê Gestor da Internet no Brasil Flávia Lefévre argumenta que a despeito das novas regras, permanece o problema dos Parâmetros da Comunidade serem pouco transparentes. Ela cita casos, como situações que ela própria viveu, em que usuários têm conteúdos removidos e mesmo após questionamento o Facebook não explica a razão da remoção ou reverte a situação.
“A remoção de conteúdos acontece com base em critérios dos tais Padrões da Comunidade, que não são claros. Essa prática se configura como arbitrariedade com alto risco para a liberdade de expressão. Essa prática deveria estar ancorada em critérios claros e relacionados às leis brasileiras e em concordância com a jurisprudência”, defende a advogada.



Polícia de Minas alerta sobre fake news sobre doações para vítimas de Brumadinho


Helicóptero ajuda no resgate de vítimas de Brumadinho Foto: Márcia Foletto / Agência O Globo

Fonte: O GLOBO

BRUMADINHO (MG) — O major Flávio Santiago, porta-voz da Polícia Militar de Minas, fez um alerta neste domingo sobre notícias falsas nas redes sociais sobre doação para as vítimas do rompimento da barragem 1 da Mina do Feijão, em Brumadinho. Segundo o major, circulam no WhatsApp muitas mensagens pedindo doações em dinheiro e informando os dados bancários para depósito.

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Médico diz a Beto Barbosa que câncer desapareceu; cantor chora e agradece


Cantor Beto Barbosa

Fonte: 180

O câncer de próstata que atingiu o cantor e compositor Beto Barbosa, de 63 anos, desapareceu. Foi o que informou nessa quarta-feira (24/01) a equipe médica que atendeu o artista. As informações são do UOL.
O artista paraense recebeu a boa notícia início da tarde desta quinta-feira (24/01), e chorou copiosamente na Unidade de Terapia Semi-Intensiva do Hospital Beneficência, em São Paulo. Na oportunidade ligou para um amigo, aos prantos, informou que estava curado.
De acordo com os médicos, a chance de o tumor não se manifestar é por volta de 80%. A ‘resposta’ que ele teve ao tratamento quimioterápico e à cirurgia foram considerados excelentes, os médicos classificaram como um caso raro, já que o câncer que começou na bexiga era extremamente agressivo.


Ajuda israelense para resgate de vítimas de Brumadinho chega neste domingo



Fonte: Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro disse que a partir do meio-dia de hoje (27) devem chegar 140 pessoas e 16 toneladas de equipamentos enviados pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. A informação foi postada por ele, na sua conta pessoal, no Twitter.
“Após contato com o Primeiro-ministro de Israel, @netanyahu , chegam hoje, às 12h, em Belo Horizonte-MG, recursos humanitários e profissionais; São 140 pessoas e 16 toneladas de equipamentos destinados a busca de desaparecidos em Brumadinho [MG].”
Ontem (26) Bolsonaro conversou com Netanyahu sobre ajuda na busca de pessoas desaparecidas após o rompimento de uma barragem de contenção rejeitos da mineradora Vale, em Brumadinho (MG).
Antes da postagem pela rede social, o presidente sobrevoou a área atingida e, ao retornar a Brasília, Bolsonaro disse aos jornalistas que “o governo federal [junto] com o governo estadual tomaram todas as providências de imediato para ajudar a minimizar a dor dos familiares”.
Segundo o presidente, “daqui para frente o trabalho é basicamente de busca de desaparecidos. Infelizmente, pode aumentar muito o número de mortes”, lamentou.

Justiça do RN bloqueia mais de R$ 6 milhões do ex-governador Robinson Faria



Fonte: De fato

A pedido do Ministério Público (MPRN), a Justiça bloqueio R$ 6,3 milhões em contas bancárias do ex-governador Robinson Faria (PSD), além de carros e imóveis. A decisão tomada nesta sexta-feira (25) pelo juiz Francisco Seráphico da Nóbrega Coutinho, da 6ª Vara da Fazenda Pública de Natal.
O magistrado acatou o pedido feito pelo MPRN, dentro da ação aberta após a Operação Dama de Espadas - que investigou desvio de recursos na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte.
O Ministério Público denunciou Robinson por usar “servidores fantasmas” na folha de pagamento da Assembleia, na época em que era deputado e que foi presidente da Casa, entre 2006 a 2010.


A Operação Dama de Espadas, que apura os desvios, foi deflagrada em 2015 e conta com delação premiada de ex-servidores da Casa. Foi Rita das Mercês (FOTO ACIMA), ex-procuradora da Assembleia Legislativa, que entregou Robinson. Em delação à Procuradoria da República, ela disse que Robinson foi beneficiado com uma mesada de R$ 100 mil/mês, entre os anos de 2006 e 2010.
De acordo com a denúncia, Robinson inseriu pessoas na folha da ALRN de forma fraudulenta utilizando os "cofres públicos para remunerar pessoas à sua exclusiva disposição, seja em atividades eminentemente particulares, seja na prestação de serviços de cunho eleitoral, e patrocinar a velha e antidemocrática política de manutenção de ‘curral eleitoral’, por meio da compra ‘parcelada’ de apoios políticos”.
O valor bloqueado seria referente ao montante de recursos desviados dos cofres públicos no período.
O juiz Seráphico afirma, em sua decisão, que existem "fortes indícios" de que Robinson Faria era destinatário e beneficiário de esquema ilícito de desvio de recursos da Assembleia.
"A narrativa do Ministério Público Estadual encontra respaldo nos depoimentos dos colaboradores, nos extratos bancários e nos documentos fiscais, havendo indicação precisa e clara de pessoas que teriam sido indicadas pelo demandado e arregimentadas pelo seu estafe para instituição e manutenção de projeto para enriquecimento ilícito e financiamento político ilegal", relata o juiz.
O Ministério Público também apresentou dados bancários e fiscais que comprovavam movimentação financeira atípica, demonstrando que os servidores indicados não eram destinatários finais da integralidade de vencimentos, porque sacavam quase 90% dos salários de uma única vez e não havia comprovação de bens.
"Em outros casos, há aparente incompatibilidade de exercício de cargo comissionado na Assembleia Legislativa, considerando as outras atividades declaradas e informações disponíveis no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), circunstância característica da condição de 'fantasma'".
O magistrado também considerou na decisão que os promotores apresentaram vários indícios de utilização de "pessoas humildes" e de baixa escolaridade para um projeto de enriquecimento ilícito e de financiamento de campanha política do qual o ex-governador seria o beneficiário final.

domingo, 20 de janeiro de 2019

Crescimento acelerado da Netflix sufocou a Globo : )

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Fonte: Tv afiada

Informa o Globo Overseas a partir da Bloomberg, que "a Netflix alcança 125 milhões de assinantes".
"Receita do grupo sobe 40% (!!!) no primeiro trimestre, puxada por América Latina e Europa".
Para uma receita de US$ 3,7 bilhões no trimestre, o lucro foi US$ 290 milhões.
Ou 8 % sobre as vendas.
Na Bolsa de Nova York: as ações da Netflix dispararam 9.2% e bateram record no fechamento desta terça-feira, 17, um dia depois de a empresa anunciar os resultados dos primeiros quatro meses do ano - que superaram as previsões de Wall Street.
Nessa mesma terça-feira 17 de abril, um filho de um filho do Roberto Marinho - eles não têm nome próprio  - deu uma entrevista de página inteira à Fel-lha sobre como a Globo vai enfrentar a Netflix.
Eles criaram um produto chamado "Viu" - que ninguém viu...
Se alguém descobrir qual é a estratégia do Viu e como ela se sustenta, como ganha dinheiro, tem direito a uma coleção completa dos livros do Historialista para empilhar e botar abajour em cima.
Conversa Afiada sempre disse que o direito de herança arruinou o PiG...
Uma comparação dos resultados da GloboPlay com a Netflix, Facebook, o Youtube e a Amazon, que chega com apetite, deve ser uma covardia - seria como trazer o Manchester City e o Real para disputar o Brasileirinho do Corinthians (e da Globo).
(Na Rússia e na China, países sérios, eles não entram...)
E vale a pena prestar atenção à Amazon.
Ela só cresce...
Ela só se valoriza em Bolsa.
Nunca deu lucro.
Nem precisa dar lucro: hoje, o que interessa é valor de mercado e lucro é coisa de perdedor...
E a Globo não ganha mais dinheiro com o negócio televisão.
Só ganha com juros.
Virou um negócio de agiotas, com uma vitrine colorida.
A Globo deveria se defender desses gigantes com leis e regulamentos, como começa a fazer a Europa e cedo ou tarde farão os ​E​stados Unidos.
Mas, a Globo não tem autoridade moral para pedir lei nenhuma - ela conseguiu preservar intocado até hoje do Código de Radiodifusão, que é de 1963!
Ela não deixou regulamentar os artigos da Constituição de 1988 que tratam da comunicação de massa e impedem o monopólio...
Agora, nem o Golpe dos canalhas e canalhas tem mais força política para salvar a Globo.
O Golpe não tem força para evitar a eleição, quanto mais para salvar a Globo.
A Globo vai morrer gorda.
(E o Valdir Macedo não quer comprar: o lucro não cobre a folha...)
PHA

"O excesso de subsídios no BNDES deu errado", diz Dyogo Oliveira ao Correio



fonte Correio Brasiliense

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Dyogo Oliveira, que acaba de completar dois meses à frente da instituição, afirma que houve exagero em benefícios nos financiamentos da instituição financeira concedidos no governo da presidente Dilma Rousseff.

Servidor de carreira do Ministério do Planejamento, Oliveira era, à época, adjunto de Nelson Barbosa na Secretaria Executiva do Ministério da Fazenda. Mas diz que os técnicos não tiveram voz na avaliação se os benefícios eram corretos ou não. Por isso, ressalta, é importante os eleitores escolherem bons administradores públicos nas eleições de outubro: sem boas decisões no topo, não há aconselhamento de assessor que coloque o país no caminho correto. No início do governo Temer, Oliveira, secretário executivo no Planejamento, tornou-se ministro interino da pasta quando Romero Jucá foi afastado por suspeita de corrupção. Acabou efetivado.

Apesar da crítica aos subsídios excessivos, Oliveira ressalva que responsabilizar o programa com juros baixos para a compra de veículos de carga pelo movimento que parou o país no mês passado é um equívoco. “O problema dos caminhoneiros não é excesso de caminhão, mas falta de rentabilidade”, afirma. A principal causa do impasse, portanto, é a recessão.

Idealizador do programa de saques das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que ajudou a salvar a economia no ano passado, Oliveira explica que a recuperação da atividade perdeu a força devido à decisão do Congresso de enterrar a reforma da Previdência. Além de resolver essa pendência, o próximo governo não poderá recuar, alerta, em relação ao que já se conseguiu no esforço de equacionar os impasses fiscais. “A sociedade não pode abrir mão do teto de gastos”. A seguir, os principais trechos da entrevista concedida ao Correio.
O senhor integrou as equipes econômicas dos governos Lula, Dilma e Temer. Olhando para a situação crítica das contas públicas, um dos principais fatores que levaram ao quadro crítico atual foi justamente a política de subsídios dos financiamentos junto ao BNDES e da qual o senhor participou. Como o senhor analisa aquela tomada de decisão? Ela foi equivocada?
Primeiro, só uma qualificação pessoal. Eu tinha cargo no governo em que nem todas as decisões passavam por mim ou não me cabiam. Por exemplo, o PSI, com juros de 2,5% ao ano. Isso não passou por mim e ninguém me perguntou nada daquilo.

O senhor teria autorizado? Essa medida, segundo alguns especialistas, é um dos fatores do excesso de oferta de caminhões e que levou à greve dos caminhoneiros.
Foi uma surpresa quando ficamos sabendo daquela taxa de 2,5% ao ano do PSI. Essa questão do excesso de subsídios no BNDES foi uma política que deu errado, porque não vimos o aumento de investimento que era esperado. Em muitos casos, as empresas, inclusive, faziam arbitragem com o dinheiro do BNDES, ou seja, aplicavam ganhando mais do que pegavam no empréstimo.

Isso era uma coisa que dava para ver naquele momento? O governo podia ter sido alertado do risco?
Olhando isso hoje, vemos que foi um equívoco. Mas olhar depois e avaliar o que aconteceu é sempre mais fácil. Naquele momento, o mundo estava saindo de uma grande crise e não se sabia qual seria o impacto no Brasil. Houve críticas. Não achávamos necessário um subsídio com uma taxa de juros negativa, menor do que a inflação. Havia certo exagero. A gente se manifestou à época sobre isso, mas a minha condição não era de decidir todas as coisas. Eu sempre digo: não adianta querer substituir uma decisão política pela decisão técnica. Portanto, é muito mais importante escolher quem são esses agentes do que achar que vai ser criada uma supertecnocracia que vai tomar as decisões que os gestores públicos deveriam tomar. O caminho é ter realmente bons gestores públicos e tomar boas decisões.

E sobre a questão do excesso de caminhões?
Em relação a essa questão, a leitura que se tem hoje está totalmente equivocada. Não foi o PSI que levou a um excesso de caminhões. Sequer há evidência de que exista esse excesso. Um levantamento que fizemos até o mês passado mostrava que as vendas de caminhões estavam crescendo 50% neste ano em relação ao ano passado. A média de idade da frota, de mais de 10 anos, é sim um problema. Ela aumentou nos últimos anos. A nossa avaliação sobre a greve dos caminhoneiros é a seguinte: o problema dos caminhoneiros não é excesso de caminhão, mas falta de rentabilidade. O caminhão não está gerando mais renda pelo fato de que há menos carga, porque o país ainda não conseguiu ter uma aceleração da economia conforme era desejado. Nosso objetivo com esse diagnóstico é evitar uma decisão errada no futuro. Vamos precisar muito de caminhão quando a economia voltar a crescer, porque é ele que move o país.

Esse governo está aí há dois anos. O que deu errado? Por que a aceleração não veio?
Não deu errado. Deu certo. O país saiu, na verdade, de três anos de recessão brutal se considerarmos que, em 2014, o PIB (Produto Interno Bruto) foi zero e, em 2015 e em 2016, o país encolheu 3,5% em cada ano. Não é trivial sair de uma recessão dessas. Ela é diferente de outras crises que o país teve antes e que duravam apenas dois ou três trimestres. Nesse período de recessão longa, de três anos de queda, houve uma deterioração do tecido econômico. As empresas estão fragilizadas e as famílias, endividadas. O processo que tivemos no ano passado foi o início da desalavancagem, no qual elas vão reduzindo o endividamento. O que elas ganham de renda não colocam direto no consumo. Tiram uma parte para pagarem suas dívidas.
O que será mais importante neste ano: a eleição presidencial ou a composição de bancadas no Congresso para aprovar uma agenda de projetos e reformas desafiadoras?
A relação de forças entre o Executivo e o Legislativo mudou consideravelmente nos últimos dez anos. Havia uma proeminência do Executivo dentro da organização do Estado brasileiro e isso veio mudando ao ponto de o presidente Michel Temer ter se referido a uma espécie de semiparlamentarismo e de presidencialismo de diálogo. Expressões dessa natureza revelam que a relação entre os poderes mudou. O Judiciário também ganhou uma proeminência que não tinha historicamente. Atualmente, temos os Três Poderes com pesos e com forças políticas bastante próximos. Portanto, nunca foi tão importante estar atento à composição do Congresso Nacional. É uma mudança estrutural. Qualquer governo precisa ter uma base forte no Congresso forte e isso independe da época e de qualquer coisa. Só é possível avançar com uma base forte.

O senhor fez uma referência ao Judiciário, que ganhou mais relevância e peso político. Isso é positivo ou negativo? Há críticas ao fato de tomarem decisões que seriam dos legisladores.
É positivo esse equilíbrio de poderes. O Judiciário não tem elementos para legislar, o que não raro acontece é que, ou não há uma legislação própria, ou a que existe não é suficientemente clara. O positivo é que, havendo esse maior equilíbrio entre os poderes, com o passar dos anos, teremos soluções mais equilibradas do ponto de vista da sociedade.

É mais difícil a vida do administrador público nessa mudança da correlação entre os poderes?
A vida do administrador público tem se tornado mais difícil a cada ano pela complexidade dos problemas que temos que lidar e porque estamos num momento em que há, por conta de tantas denúncias, uma preocupação do controle adicional. Muitos gestores têm evitado tomar decisões que seriam normais porque, no momento, há uma percepção de risco muito elevada. Isso atrapalha um pouco a administração pública.

O que pode ser feito pelo BNDES para aumentar os investimentos?
O banco deve continuar fazendo o que tem feito durante a gestão do presidente Temer. De um lado, tem contribuído até para a estabilização das contas públicas, devolvendo recursos antecipadamente (para o Tesouro Nacional). Isso ajuda muito para a perspectiva de mais estabilidade das contas públicas. E, do outro lado, oferecer linhas crédito cada vez mais adaptadas, mais ágeis, mais adequadas às necessidades do investimento do país. São essas duas direções que o banco tem que trabalhar. Fazer uma distribuição de recursos mais pulverizada e entregar o dinheiro na hora em que o empresário precisa. O que temos feito é adaptar os produtos para diferentes públicos.

Por exemplo?
O capital de giro para a pequena empresa tem taxa fixa, tem taxa variável, tem com máquina e equipamento junto, tem sem equipamento. Estamos diversificando os produtos e os processos para contribuir neste momento de retomada da economia um pouco mais lento do que gostaríamos.

Esse problema da falta de impulso na recuperação não tem nada a ver com o componente de falta de oferta de crédito?
Do ponto de vista do BNDES, não. O banco tem tido uma liquidez bastante elevada ao ponto de podermos antecipar o pagamento de empréstimos ao Tesouro Nacional. Temos atendido plenamente a demanda que chega ao banco. A partir de 2014, houve um processo de restrição de crédito. Os motivos que levaram a isso são variados. O principal deles, do ponto de vista da percepção do sistema financeiro, é a inadimplência, que é elevada, e, em algumas linhas de crédito, ficou entre 10% e 15%. E há um processo de desalavancagem das empresas, ou seja, um mecanismo de autorregulação. Essas duas coisas estão acontecendo simultaneamente. Resultado disso: o total de crédito na economia cai.

Quando vai mudar?
Estamos passando por um ponto de reversão. E esse processo, curiosamente, ocorre junto também com outro processo importante: o aumento de participação do mercado de capitais. Até o mês passado, no acumulado de 12 meses, a concessão de crédito para as empresas teve uma queda de 2,9%. Quando somamos as captações via mercado de capitais, há um crescimento de 12%, nesse período, com processos de abertura de capital e lançamento de debêntures. As empresas, não só inverteram essa trajetória, como mudaram a composição. Estão captando mais em mercado de capitais e menos, no mercado financeiro tradicional.

Guedes diz não ter dúvida de que Brasil vai dar certo


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Fonte: Exame

Brasília – O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta segunda-feira, 7, durante evento na sede do Banco do Brasil, não ter dúvidas de que o País “vai dar certo”. “Estamos seguros de que vai funcionar”, afirmou, em referência às mudanças promovidas pelo governo de Jair Bolsonaro nas instituições.
Ao discursar na cerimônia de transmissão de cargo para o novo presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, Guedes fez um rápido histórico da economia brasileira no período que abarcou o fim dos governos militares e o início dos governos civis.
Guedes lembrou que, no fim do período militar, o governo adotou política de “dinheiro barato” para agricultura, por meio da chamada “conta aberta”. Essa política foi prejudicada pelo choque do petróleo. “O que ocorreu foi que o Brasil foi para a inflação e houve um final constrangedor do regime militar. E entraram os civis”, pontuou.
Em sua fala, Guedes afirmou que “quando as instituições públicas são capturadas por desígnios políticos, seja em governos militares ou civis, elas perdem o rumo”.
O ministro da Economia afirmou ainda que o Banco do Brasil tem que se defender e seus funcionários, lutar. “A firmeza das instituições é o que queremos. O Rubem (Novaes) conhece essa história”, disse.
Guedes disse ainda que o presidente Jair Bolsonaro tem enfatizado que o aparelho do Estado “foi ocupado e cada grupo foi lá e pegou um pedaço”. “No nosso grupo, a mentalidade é diferente. O que podemos dar ao País?”, disse.
O ministro disse ainda que o Brasil está em processo de aperfeiçoamento de instituições e que o presidente Jair Bolsonaro é um “homem íntegro”, “democrata”. “Presidente não tem medo de encarar os problemas e não quer ser popular”, afirmou. “Somos uma equipe muito sintonizada.”
Ao final de seu discurso, Guedes afirmou ainda que tem procurado sempre indicar, nos órgãos públicos, um profissional que conhece a máquina e, ao mesmo tempo, um “forasteiro” – como no caso de Rubem Novaes. “Alguém que já conhece a máquina e outro para inovar, um forasteiro para incomodar, para não deixar fazer besteira”, pontuou.
Rubem Novaes tomou posse na manhã desta segunda, em cerimônia no Palácio do Planalto. Na tarde desta segunda ele participou de evento de transmissão de cargo, na sede do banco.

Quem são os nossos 50 maiores tomadores de recursos do BNDES


BNDES divulga lista dos 50 maiores tomadores recursos dos últimos 15 anos — Foto: Divulgação
Fonte: bndes