Foto: Tiago Queiroz / Estadão
A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) não divulgou o preço médio dos combustíveis (gasolina, etanol, diesel, GLP e GNV) desta semana no País alegando falta de servidores. Em regra, os números são divulgados às sextas-feiras no início da noite, com exceção de semanas com feriados.
Desta vez era esperado aumento relevante nos preços médios da gasolina nas bombas e do botijão de 13 quilos de gás de cozinha (GLP) devido a aumentos praticados pela Petrobras nas refinarias.
Em mensagem na página de internet que hospeda o Levantamento de Preços de Combustíveis (LPC), a autarquia cita “déficit de servidores na ANP e da necessidade de auditoria dos dados da pesquisa”, ao dizer que os resultados desta semana, referente ao período entre 7 e 13 de julho, só serão divulgados na próxima quarta-feira, 17.
Além do adiamento da pesquisa, a ANP informa em seu site que o corte orçamentário imposto à autarquia afetou o levantamento, com redução do tamanho amostral de 43%, o que se reflete agora nas sondagens realizadas no mês de julho.
O litro da gasolina da Petrobras teve alta de 7,11% (R$ 0,20), chegando a R$ 3,01 para os distribuidores. Segundo consultorias especializadas, esse reajuste tende a levar a aumentos da ordem de 2% a 3% no preço do produto cobrado nos postos de gasolina, com o repasse se espalhando também para as semanas seguintes, em função da dinâmica de estoques do varejo.
Na semana anterior, até 6 de julho, o preço médio da gasolina comum foi de R$ 5,85. Nesse preço, para além dos preços da Petrobras, entram impostos, peso do etanol anidro (27,5% da mistura por lei), outros custos e margem de lucro.
Já no caso do GLP, o aumento da Petrobras foi de 9,6% (R$ 3,10), levando o preço do botijão de 13 kg acessado aos distribuidores para R$ 34,70. Isso também impacta o consumidor final que, na semana até 30 de junho, pagou R$ 100,85 em média pelo produto.
Estadão Conteúdo
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