Foto: Adriano Abreu
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de Natal registrou alta de 0,47% em setembro de 2025, mantendo o ritmo de crescimento observado nos últimos meses e levando o acumulado de 12 meses para 5,43%, segundo o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema). A elevação foi puxada principalmente pelo grupo Transportes, que avançou 1,39%, com destaque para Transporte Público (+2,86%) e Veículos Próprios (+1,79%). No sentido oposto, o custo da cesta básica teve deflação de 0,60% no mês, mesmo com altas expressivas em itens como óleo e pão.
Segundo o economista e conselheiro do Corecon-RN, Helder Cavalcanti, o movimento divergente entre os dois indicadores reflete a combinação de fatores conjunturais internos e externos. “A queda da cesta básica é atribuída a um crescimento na oferta de alguns produtos que compõem a pesquisa que, com as tarifas americanas, não encontraram mercado nos EUA, resultando em um excedente no mercado interno, o que levou os preços para baixo”, afirma. Apesar dessa baixa, o grupo de Alimentos e Bebidas ainda apresentou um acréscimo de 0,24% no orçamento das famílias.
A análise dos dados do Idema mostra também um aumento em Habitação (1,07%), e Saúde e Cuidados Pessoais (0,24%). Em contrapartida, Vestuário teve leve queda (-0,17%).
“O crescimento do item transporte no IPC de Natal em setembro foi impulsionado principalmente pelo aumento dos preços dos combustíveis para veículos e, em menor grau, do transporte público. Isso é influenciado pelas flutuações nos preços dos combustíveis, que afetam o transporte individual e coletivo”, explica o economista.
Tribuna do Norte
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