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quinta-feira, 25 de junho de 2015

Microchip: Muita informação guardada dentro do corpo



Fonte: Euro News 

Sandro Portner não tem necessidade de chave para entrar em casa. Um gesto simples com a mão é suficiente para abrir a porta de entrada. A partir das mãos, Sandro quis fazer uma extensão tecnológica do próprio corpo. Implantou dois micro-chips RFID (com indentificação por frequência de rádio). O que pode fazer ainda é limitado, mas para a história fica que este jovem suíço é um dos primeiros desta geração considerado um ser humano “aumentado”.
«Não digo que seja indispensável, mas como sou um adepto da tecnologia, esta é uma invenção que tinha muita curiosidade de experimentar, porque pode desaparecer muito rapidamente», garante Sandro Portner.
Abrir portas, ativar o telemóvel…e muitas outras aplicações podem ser criadas em breve. Este conceito seduz uma clientela cada vez mais variada. Do tamanho de um grão de arroz, com um invólucro de vidro bioactivo, estas “pulgas” não têm efeitos sobre o organismo…e podem ser colocadas até por tatuadores. É o caso de Deady Leemann, que recorda que «entre 70 e 80 pessoas já fizeram implantes neste estúdio. Os clientes vêm por vagas. Uma pessoa faz o implante e os amigos veem o resultado e também querem, ou seja, novos clientes.»
Também Sandro afirma que «há quem pense que é muito estranho fazer este tipo de coisa. Mas depois veem o resultado e pensam…porque não, sobretudo porque a “pulga” ainda lhes vai permitir fazer muita coisa».
No atual estado da investigação, será esta tecnologia verdadeiramente útil? Para Daniela Cerqui, atropóloga suíça, que já estudou muito o tema, é necessário ir à raiz da questão: «a noção de utilidade é algo que está sempre a evoluir. Pertencemos a uma sociedade de consumo na qual a barreira sobe todos os dias. Há coisas que hoje nos parecem inúteis ou ridiculas mas que amanhã ou depois nos vão parecer indispensáveis porque nos habituamos a usá-las.»
Estes implantes podem tornar-se indispensáveis na medicina. Na Escola Politécnica de Lausanne está a desenvolver-se um micro-chip capaz de monitorizar, por exemplo, o colesterol ou acertar a dosagem dos medicamentos, em função dos pacientes. O professor e investigador Sandro Carrara explica que existem «muitas aplicações, por exemplo, na oncologia, podemos ter uma melhor noção dos medicamentos que devem ser dados aos pacientes, regulando de forma mais rigorosa as quantidades que são tomadas, ou seja, há mais controlo.”
Estas “pulgas” também estão rodeadas de fantasias, basta fazer uma pesquisa na internet. Em 2011 muitos sites anunciavam que iam ser obrigatórias nos Estados Unidos, integrado no plano de saúde universal de Barack Obama. Uma informação que depois foi desmentida.
Num escritório em Estocolmo, na Suécia, o chip é o cartão de acesso dos colaboradores. Muito pode ser feito apenas com um movimento da mão. Os investigadores querem explorar todas as aplicações que esta tecnologia permite. Patrick Mesterton, fundador e CEO do Epicenter, dá exemplos: «pode abrir portas, pode mandar imprimir documentos ou até mesmo fazer ligação ao telemóvel, enviando cartões de visita seja de trabalho ou pessoais.”
De acordo com os investigadores, tendo em conta que o chip é tão pequeno, não existe o risco de ser detetado nos detetores de metal. Além disso, também é seguro quando se faz uma ressonância magnética. As probabilidades de que se parta dentro do corpo são muito reduzidas, sobretudo porque é implantado debaixo da pele.
Lin Kowalska, acabou de implantar o chip e diz que teve medo, “mas ao mesmo tempo, senti-me muito moderna, muito 2015”.
Os investigadores acrescentam que, ao contrário de um telemóvel, o micro-chip não pode ser rastreado e não há questões de invasão de privacidade.
Resta agora saber qual o futuro desta tecnologia.
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