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quinta-feira, 20 de outubro de 2022

Cepal eleva para 2,6% projeção de crescimento para o Brasil este ano

 


A economia brasileira deverá crescer mais que o inicialmente previsto este ano, mas desacelerará a partir do próximo ano, divulgou nesta quarta-feira (19) a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal). Neste ano, o Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no pais) crescerá 2,6%, contra estimativa anterior de 1,6%. Em 2023, o Brasil deverá crescer 1%, no mesmo ritmo da Argentina.

Uma das cinco comissões econômicas regionais das Nações Unidas, a Cepal revisou as projeções para 2022 para as economias da latino-americanas e caribenhas, apresentadas em agosto, e divulgou as estimativas para 2023. A economia da região se expandirá 3,2% este ano, contra previsão anterior de 2,7%. Para 2023, o crescimento ficará em apenas 1,4%.

Conforme as estimativas da Cepal, o crescimento da economia brasileira ficará abaixo da média regional no próximo ano. Na América do Sul, o Brasil só deverá registrar desempenho melhor que o Chile, cuja economia deverá se expandir 0,9% no próximo ano.
No início deste mês, o Banco Mundial também aumentou de 1,5% para 2,5% a sua projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2022, devido ao impulso da reabertura da economia e ao aumento dos preços de commodities. Em 2023, o órgão espera que a atividade no País arrefeça a 0,8%, devido à desaceleração da economia global, aumento dos juros nos EUA e queda dos preços de commodities. Os números constam do relatório "Novas Abordagens para Resolver o Déficit Fiscal", publicado nesta terça-feira (4), pela instituição.

Fatores
De acordo com a Cepal, dois fatores contribuirão para a desaceleração econômica da América Latina e do Caribe no próximo ano. O primeiro é a guerra entre Rússia e Ucrânia, que afeta negativamente o crescimento global e acentua as pressões sobre a inflação, a volatilidade no mercado internacional e os custos financeiros.

O segundo fator responsável por prejudicar a economia da região são os aumentos de juros por parte dos bancos centrais de economias avançadas, que prejudica o fluxo de capitais aos países emergentes. Segundo a Cepal, o aperto monetário em países desenvolvidos provoca a desvalorização das moedas latino-americanas e caribenhas e encarece os financiamentos aos países da região.

“Embora se espere que esse processo [aumento de juros] termine em 2023, na medida em que as expectativas de inflação se ancorem em vários países, os efeitos dessa política restritiva sobre o consumo privado e o investimento estarão presentes”, destacou a Cepal em comunicado.

Efeitos distintos
Algumas regiões do continente serão afetadas de formas distintas. A América do Sul deverá sentir os efeitos da desaceleração da economia chinesa, principal parceiro comercial da maioria dos países da região, e pela queda da renda provocada pela inflação.

A América Central e o México sentirão os efeitos do baixo dinamismo dos Estados Unidos, que afetaria as exportações. A queda ou estagnação das remessas de emigrantes que vivem em território norte-americano prejudicará o consumo privado, mas uma eventual queda no preço das commodities (bens primários com cotação internacional) beneficiaria países que são grandes importadores de alimentos e de energia.

Em relação ao Caribe, a Cepal aponta que a inflação afetou não apenas a renda e o consumo. Segundo o órgão, a alta dos custos de produção prejudicou o turismo e diminuiu a competitividade das exportações.

As estimativas, tanto da Cepal quanto do Banco Mundial, estão mais em linha com as previsões do governo. No fim de setembro, a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia elevou de 2% para 2,7% a projeção de crescimento do PIB em 2022. Para 2023, as projeções divergem. A proposta de Orçamento Geral da União prevê crescimento de 2,5%, enquanto as estimativas do Banco Mundial apontam expansão bem menor.

“Brasil cresce mais do que a China”, diz Guedes
Brasília (AE) - O ministro da Economia, Paulo Guedes, previu nesta quarta-feira (19), que, se o crescimento da economia doméstica continuar pelo próximo bimestre, a expansão do País será superior à da China. De acordo com ele, que acabou de voltar de encontros do Banco Mundial (Bird) e do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Washington, há um reconhecimento do bom desempenho do País.


"Nossa inflação caiu de 12,5% para 5,5% este ano e a deles subindo, há desorganização do mercado na Inglaterra, greve na França, estagflação nos EUA. O Brasil possivelmente está crescendo mais do que a China. Se crescermos nos próximos dois meses, passamos a China", apostou o ministro da Economia, durante o Fórum Nacional de Logística e Infraestrutura Portuária "Brasil Export", realizado em Brasília. "Temos que ter confiança no Brasil. É um grande País, uma grande nação, com uma democracia que está funcionando", acrescentou.

Guedes disse que o Brasil terá crescimento de 3% por dez anos se continuar na plataforma de atuação do atual governo. "Esta mensagem é muito clara. É até singela porque está acontecendo repetidamente", disse.

Na sequência da apresentação, o ministro ainda aumentou sua projeção: "O Brasil pode crescer 3%, 3,5%, 4% por dez anos."

De acordo com ele, o Brasil está em tendência de crescimento, enquanto no exterior está a "maior confusão", uma época de grande turbulência. "Ficam falando de picanha e cerveja. Não têm noção do que aconteceu", disse, numa clara referência à campanha de Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à presidência pelo PT, adversário do presidente da República e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro.

O ministro disse também que o Brasil ficou em último lugar no PISA, um relatório da OCDE sobre o desempenho da educação, com crescimento zero. Ele também reclamou do que chamou de uma má percepção sobre o que aconteceu com arquitetura fiscal. "Estamos em momento decisivo. Lá fora, está muito claro que Brasil é a maior fronteira aberta de investimentos", considerou.

Para Guedes, a moeda que mais se valorizou contra o dólar hoje é a do Brasil. Ele ainda citou dados melhores do mercado de trabalho e falou sobre o cenário fiscal. "Falam em bomba fiscal de R$ 200 bilhões em 2023, mas temos reserva de liquidez de R$ 800 bilhões. O Brasil sabe enfrentar os problemas e está se saindo bem", avaliou.

'Fake news'
O ministro da Economia rebateu também a ideia de que o atual governo de Jair Bolsonaro só pensa no mercado, e não nos vulneráveis. "Isso é fake news", afirmou.

E voltou a criticar a promessa de Lula, de que, se vencer, o povo voltará a se reunir para fazer churrasco e tomar cerveja. "Cerveja e picanha é versão colorida de governos anteriores", disse.

Ao contrário, segundo ele, houve no atual governo a maior transferência de renda, e dentro dos parâmetros da responsabilidade fiscal.

TRIBUNA DO NORTE


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