Foto: Marizilda Cruppe/Greenpeace Brazil
Enquanto combatia focos de incêndios no segundo semestre deste ano, Cleber Oliveira Martins Javaé, de 36 anos, costumava receber ligações e vídeos de caciques que estavam em outras regiões da Ilha do Bananal, em Tocantins. Eles pediam socorro porque o fogo se aproximava de suas aldeias e casas. "Alguns usavam até baldes de água para tentar combater as chamas", relatou o indígena.
Atuando como chefe da Brigada Javaé, do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o indígena contou que sua equipe não conseguiu dar o suporte adequado devido à grande quantidade de incêndios.
Na Ilha do Bananal estão as terras indígenas Parque do Araguaia e Inãwébohona, a primeira e a quarta que mais sofreram com os incêndios neste ano, de acordo com o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (Lasa) da Universidade Federal Rio de Janeiro (UFRJ). Juntas, elas somaram pouco mais de um milhão de hectares queimados. "Por onde andei, vi um rastro de destruição", descreveu Martins Javaé.
DW
Nenhum comentário:
Postar um comentário