Fonte: Reuters
SÃO PAULO (Reuters) - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso revogou no sábado as prisões realizadas pela Polícia Federal na última quinta-feira, em desdobramento de inquérito dos portos, que incluíram amigos do presidente Michel Temer.
A decisão de Barroso atende a pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge.
“Cumpridas as diligências de busca e apreensão e prisões temporárias por mim determinadas em 28.03.2018, e concluída a tomada de depoimento dos investigados pelo senhor delegado encarregado e pelos procuradores da República designados, manifestou-se a senhora procuradora-geral da República pela revogação das prisões temporárias decretadas”, diz o ministro do STF em sua decisão.
Entre as presos na última quinta-feira estão o ex-assessor especial da Presidência José Yunes e o coronel aposentado da Polícia Militar de São Paulo João Baptista Lima Filho, o coronel Lima, ambos amigos próximos do presidente.
Além deles, a PF também prendeu o ex-ministro da Agricultura Wagner Rossi, outro nome ligado a Temer, e Antônio Celso Grecco, dono da Rodrimar, empresa que opera áreas do porto de Santos que está no centro das investigações. Rossi foi presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), que administra o porto de Santos.
No âmbito do chamado inquérito dos portos, Temer é investigado ao lado de aliados sob suspeita de corrupção passiva e lavagem de dinheiro na edição do decreto para prorrogar os contratos de concessão e arrendamento portuários, que teria beneficiado a empresa Rodrimar.
Em sua decisão neste sábado, Barroso afirma que, quanto aos mandados de prisão não cumpridos, referentes a Rodrigo Borges Torrealba, Ana Carolina Borges Torrealba Affonso e Gonçalo Borges Torrealba, que se encontram no exterior, “noticia a Procuradoria-Geral da República que estes investigados estão dispostos a se apresentar à autoridade policial assim que retornem ao Brasil”.
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