Hackers supostamente a serviço do governo da China realizaram um ataque digital contra cerca de cem aparelhos de telefonia móvel que atingiu, entre outros, aliados do presidente dos EUA, Joe Biden, e dos dois principais candidatos à eleição presidencial do país, Donald Trump e Kamala Harris. As informações são do jornal The New York Times.
A operação foi confirmada por pessoas com conhecimento do assunto que pediram para ter suas identidades preservadas. O ex-presidente Trump foi um dos alvos, bem como o filho e o genro dele. Membros da equipe de campanha de Harris estão igualmente na lista de vítimas dos hackers, além de autoridades diplomáticas e governamentais e figuras políticas em geral.
(Foto: needpix.com)Os hackers, ligados ao grupo Salt Typhoon, são suspeitos de agir mediante os interesses da inteligência chinesa. Embora as investigações sigam em andamento, o FBI, a polícia federal norte-americana, mostrou preocupação com o alcance do ataque e com o volume de dados possivelmente comprometidos.
A operação teria permitido aos invasores acessar mensagens SMS não criptografadas e registros de chamadas telefônicas. Há indícios de que arquivos de áudio também foram atingidos, embora as fontes não confirmem se são mensagens do correio de voz ou conversas telefônicas.
Ataques chineses
Em setembro, o FBI havia denunciado uma ação semelhante de outro grupo teoricamente a serviço de Beijing. No caso, os hackers chineses teriam comprometido mais de 250 mil aparelhos digitais em todo o mundo. O grupo em questão é conhecido como Flax Typhoon.
O grupo teria estabelecido uma botnet, rede composta por diversos dispositivos sequestrados a fim de camuflar as operações maliciosas. Teriam sido hackeados aparelhos como câmeras e dispositivos de armazenamento digital, que acabaram comprometidos. O objetivo era “coletar inteligência e realizar reconhecimento para agências de segurança do governo chinês”, segundo o FBI.
A Referência
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