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quinta-feira, 2 de junho de 2016

Cerveró relata orientação de presidente da Petrobrás para contratar empresa de filho de FHC



Fonte: IstoÉ

Delator da Lava Jato relata episódio na época em que tucano era presidente e diz que fechou negócio por ordem superiorEm sua delação premiada, o ex-diretor Internacional da Petrobrás Nestor Cerveró disse que, dentre as irregularidades que presenciou na Petrobrás durante o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB/1994-2002) está a contratação de uma empresa do filho do ex-presidente Paulo Henrique Cardoso,”por orientação do então presidente da Petrobrás Philipe Reichstul, por volta de 2000.

A PRS Energia, pertencente ao filho do tucano, acabou se associando à Petrobrás naquele período para gerir a Termorio, Trata-se da Termorio, maior termoelétrica a gás do Brasil, construída pela multinacional francesa Alstom e que custou US$ 715 milhões.
Segundo Cerveró relatou em sua delação, na época o operador de propinas na Petrobrás e lobista Fernando Baiano estava fazendo lobby para a estatal se associar à espanhola Union Fenosa para gerir o empreendimento. Baiano e os representantes da empresa, inclusive, vieram ao Brasil no período para tratar com Cerveró  sobre o tema. Na época, Cerveró era subordinado a Delcídio Amaral na Diretoria de Gás e Energia da Petrobrás.
“Que Fernando Antônio Falcão Soares (Fernando Baiano) e os dirigentes da Union Fenosa acreditavam que o negócio estava acertado, faltando apenas a assinatura para a finalização; Que no entando, o negócio já estava fechado com uma empresa vinculada ao filho do Presidente da República Fernando Henrique Cardoso, de nome Paulo Henrique Cardoso”, relatou Cerveró.
“Que o negócio havia sido fechado pelo próprio declarante, por orientação do então presidente da Petrobrás Philippe Reichstul”, segue o delator contando ainda que o fato deixou tanto Baiano quanto os representantes da empresa espanhola “contrariados”. Ainda de acordo com ele, até Delcídio Amaral também ficou contrariado pelo fato de o fechamento do negócio envolvendo sua diretoria ter sido determinado pela presidência da Petrobrás na época.
Ainda de acordo com Cerveró, o então diretor chegou a “fazer ameaça de votar contra a aprovação do negócio na Diretoria Executiva da Petrobrás”, quando soube do fato, mas acabou recuando depois e votou pela aprovação do negócio na Diretoria Executiva da estatal.
Em 2003, pouco tempo depois da transação, a Petrobrás acabou adquirindo a participação da PRS na Termorio, de 7%, por US$ 19 milhões.
A reportagem entrou em contato com o Instituto Fernando Henrique Cardoso, mas o ex-presidente e seu filho estão em viagem e ainda não foram localizados para comentar o assunto. O espaço está aberto para a manifestação deles

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