Cine Teatro Pedro Amorim/ Assú recém inaugurado parou e ninguém piscava os olhos na apresentações Souza da Escola Eloy
Por Fábio Fernandes
Imagens : Endson Esron e Flávia Simone
Em uma tarde mágica e encantadora na terra dos poetas, a ELOY Cia teatral mostrou pra que veio e não decepcionou o público que lotou o Cine Teatro Pedro Amorim, recém inaugurado. A quarta peça do coletivo "Jurema vá Pra China" foi prestigiada por alunos, professores, civis e algumas personalidades envolvidas com o meio cultural.
O grupo de arte cênica essencialmente composto por aluno-atores de Lajes-RN apresentou de forma brilhante a peça atual, uma comédia divertida que levou o publico muitas vezes a extremas gargalhadas.
Antes de começar a apresentação oficial, o diretor responsável Prof. Fábio Fernandes ressaltou a importância de se ter um espaço cultural que promova acima de tudo a cidadania e o acesso as demais camadas da sociedade a atividades ligadas a arte e cultura. Relembrou os tempos difíceis que vivenciou dentro do panorama artístico nos tempos que viveu em Assu e evidenciou personalidades importantes para o município como os poetas Renato Caldas e Boinho, homens de teatro como Daniel Reis, Aldo Cardoso e também colegas do espaço teatral contemporâneo Renato Mark, José Helias,Jobielson, Shicó do Mamulengo, Deuzi Campelo entre outros ícones que compõem o cenário cultural local.
A Eloy Cia Teatral mostrou a possibilidade de se fazer um trabalho artístico de qualidade dentro do espaço escolar, a inter-relação entre as culturas e também a reflexão nos problemas cotidianos que envolve as demais culturas.
Para Deuzi Campelo,comunicador assuense, Jurema resgata os valores da cultura nordestina e atribui a interprete de Jurema (Thallyta Raylha) a importância de saber interagir em cena e saber-se valer da ação do improviso. Para a professora Vera Lucia (Artes Visuais), faz-se de grande importância se ter na ativa um grupo que leve a outros espaços além da escola a mensagem da arte, e atribuiu a nossa equipe artística essa evidente importância.
O elenco da Eloy Cia Teatral tem o contato com o palco e o sorriso estampado no rosto refletem a ideia de prazer em fazer teatro.
O público se encanta com a performance do grupo e também com a meta-linguagem expressa no teatro de sombras.
Os atores no camarim se divertem ao maquiarem-se para o espetáculo.
As atrizes também esbanjam personalidade e simpatia.
A seguir, algumas cenas do espetáculo:
Jurema (Talytta Raylha) em seu sonho adentra num espaço desconhecido, esta se vê num ambiente distante de sua cultura.
Sansung-li (Yan Phelipe) apresenta a Jurema aspectos culturais da China como a festa das lanternas e o horóscopo chinês e guia a menina em todo seu sonho.
Vasilha-li (Thomas Erick) apresenta a Jurema um pouco da culinária local e tenta convence-la a perceber que não mais está na sua região de origem.
Jurema sente saudade de sua cultura.
Sodóro (Viniciys Rocha) faz uma citação a música "Carcará" de Chico Buarque. Urtiga (João Anselmo) e Algaroba (Fernando Vittor) fazem parte do núcleo nordestino da peça.
As Professoras Vera Lúcia e Flávia Simone Pousam para registrar o momento.
Com louvor e felicidade o grupo se despede da terra dos poetas.
O espetáculo "Jurema vá pra China" continua sua turnê em Lajes, espera-se que este seja apenas o inicio de um processo artístico de forte impacto para esses jovens talentos enquanto cidadãos fortalecidos pelo poder da arte.
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