Fonte:G1
o presidente americano Donald Trump revelou informações secretas ao ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, e ao embaixador russo Sergey Kislyak em uma reunião na semana passada no Salão Oval da Casa Branca, de acordo com o jornal americano "Washington Post".
Segundo atuais e ex-funcionários do governo americano, que não tiveram seus nomes citados pelo jornal, as informações divulgadas por Trump às autoridades russas colocam em risco uma fonte de inteligência sobre o grupo Estado Islâmico. Essa fonte teria acesso a trabalhos internos do grupo extremista.
As informações repassadas por Trump têm a ver com a ameaça terrorista relacionada ao uso de laptops em voos, dizem as fontes. No final de março, os EUA proibiram a presença de dispositivos eletrônicos - como tablets e laptops - em voos procedentes de vários países do Oriente Médio.
Essas informações foram transmitidas ao governo americano por um parceiro dos EUA por meio de um acordo de compartilhamento de inteligência considerado tão sensível que os detalhes foram totalmente divulgados dentro do governo americano. O parceiro não deu permissão para que os EUA compartilhassem o material com a Rússia, ainda segundo as fontes do "Washington Post".
De acordo com o jornal, o presidente americano tem autoridade para "desclassificar" informações consideradas secretas. Mas, para a maioria dos funcionários do governo, a revelação de informações secretas seria considerada um ato ilegal.
O encontro com Lavrov e Kislyak aconteceu um dia depois de Trump demitir o então diretor do FBI, James Comey, que comandava as investigações sobre a suposta interferência russa nas eleições de 2016. A demissão causou uma tormenta política sobre a Casa Branca.
Trump é acusado de obstruir a Justiça com a demissão. Nesta segunda, um congresista democrata defendeu um processo de impeachment contra Trump. Ao justificar sua decisão, o presidente disse que Comey não conseguia "liderar efetivamente", que uma nova liderança era necessária e que seguia recomendações do procurador-geral, Jeff Sessions, e do vice-procurador-geral, Rod Rosenstein.
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