Fonte: Reuters
Por Jeff Mason e Patricia Zengerle
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, divulgou informações altamente secretas ao ministro russo das Relações Exteriores sobre uma operação planejada do Estado Islâmico durante reunião na semana passada, disseram nesta segunda-feira duas autoridades norte-americanas com conhecimento da situação.
A informação de inteligência, segundo as duas fontes, foi fornecida por um aliado dos EUA na luta contra o grupo militante.
A Casa Branca disse que as alegações eram falsas. "O presidente só discutiu as ameaças comuns que os dois países enfrentam", afirmou a vice-conselheira de segurança nacional, Dina Powell.
Ao reagir sobre a notícia, divulgada primeiro pelo jornal Washington Post, o segundo democrata mais importante no Senado, Dick Durbin, chamou a conduta de Trump de "perigosa" e "imprudente".
O líder republicano do Comitê de Relações Exteriores do Senado, Bob Corker, disse que as acusações são "muito, muito preocupantes", caso sejam verdadeiras.
Uma das autoridades disse que o dado de inteligência foi classificado como "Top Secret" e também mantido em um "compartimento" seguro ao qual apenas alguns agentes de inteligência têm acesso.
Depois que Trump divulgou a informação, que uma das fontes descreveu como espontânea, funcionários contataram imediatamente a CIA e a Agência de Segurança Nacional, que têm acordos com uma série de serviços de inteligência aliados, e informaram o que tinha acontecido.
Embora o presidente tenha a autoridade de divulgar as informações mais altamente confidenciais à vontade, neste caso ele fez isso sem consultar o aliado que as forneceu, o que ameaça comprometer o que eles chamaram de acordo de compartilhamento de inteligência de longa data, disseram as autoridades dos EUA.
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