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segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Hernández lidera após recontagem em Honduras


Juan Orlando Hernández

Fonte: dw 

A recontagem de votos das urnas suspeitas, realizada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), confirmou nesta segunda-feira (04/12) a vitória do presidente Juan Orlando Hernández na eleição presidencial de 26 de novembro.
Após a recontagem de 99,89% das 1.006 urnas sob suspeita, Hernández vencia com margem apertada, superando Nasralla por 42,98% contra 41,39%. O candidato da oposição rejeitou antecipadamente ao anúncio do resultado, insistindo na hipótese de fraude eleitoral.
O presidente do TSE, David Matamoros, deu por concluído o escrutínio especial de maneira simbólica, às 5h (horário local), quando restavam 20 urnas eleitorais do total de 18.128, mas não declarou Hernández vencedor da eleição.
No início da semana, Nasralla, um ex-apresentador de televisão, chegou a declarar vitória após dois terços da apuração terem sido concluídos e ele estar cinco pontos percentuais à frente de Hernández. Após uma pausa inexplicada de mais de um dia, a contagem passou a dar vantagem ao presidente.
O coordenador da Aliança de Oposição contra a Ditadura, o ex-presidente Manuel Zelaya, havia pedido neste domingo ao TSE que fossem contadas 5.179 urnas suspeitas. Ele afirmou que, em reunião com os juízes do TSE, especialistas em informática e outros assessores, não foram fornecidas as informações técnicas e eleitorais solicitadas pela oposição sobre o que teria ocorrido durante a apuração.
O TSE, porém, comprometeu-se a recontar apenas 1.006 urnas. "Se podem fazer isso, por que não fazer o mesmo com todas as 5.179 que chamamos de 'urnas da fraude', que são as que entraram depois que deram o primeiro resultado, na madrugada do dia 27", questionou Zelaya,
O ex-presidente, deposto em 2009, ressaltou que as suspeitas despertadas pelas três quedas ocorridas no sistema do TSE quando Nasralla levava uma vantagem de cinco pontos percentuais sobre Hernández lhe dão o direito de afirmar que houve fraude.
A recontagem, acompanhada por observadores da União Europeia (UE) e da Organização dos Estados Americanos (OEA), foi iniciada em meio a protestos no país. Em Tegucigalpa, milhares de soldados e policiais fecharam diversas ruas para evitar que os manifestantes se aproximassem do local que armazena todo o material da eleição.
Apesar de não haver registros de violência nos protestos deste domingo, centenas de pessoas foram presas e ao menos três morreram nos últimos dias. O governo impôs estado de exceção e um toque de recolher na sexta-feira, expandindo os poderes do Exército e da polícia para que realizassem prisões e removessem bloqueios em ruas, pontes e edifícios públicos.
MINISTÉRIO DE LOUVOR ADORADORES DO REI

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