Foto: João Amaro/G1
O famoso triplex do Guarujá, objeto de ação na Justiça contra o ex-presidente Lula no âmbito da operação Lava Jato, ficará disponível em maio para hospedagem através da plataforma digital para anúncios e reservas de acomodações Airbnb. Trata-se de uma promoção em que o primeiro brasileiro a conseguir alugá-lo pagará R$ 49,90 para uma diária no local com acompanhante. O g1 entrou em contato com o proprietário e com a empresa responsável pela promoção, que confirmaram a informação.
A “disputa” será aberta no dia 2 de maio, às 12h. O período de estadia disponibilizado é de 21 até 22 do mesmo mês. O vencedor ganhará passagem de ida e volta para São Paulo, com transporte até a Baixada Santista. Além disso, terá direito a pensão completa, com café da manhã, almoço e jantar.
“O imóvel tem um caráter de curiosidade e imagem, que teve um ’marketing espontâneo’ muito grande e faz parte da história do Brasil. Ele tem um valor não só do ponto de vista do mercado imobiliário, mas também outro, que a gente não consegue nem mensurar, por conta de toda a sua fama. Ele desperta a curiosidade na maioria das pessoas”, afirma o empresário Fernando Costa Gotijo, o proprietário.
O Condomínio Solaris, que abriga o triplex, fica na Avenida General Monteiro de Barros, 638, no bairro Vila Luis Antonio, em Guarujá.
Imóvel será ‘vendido’ por R$ 19,90
Trata-se da última oportunidade de alugar o triplex antes que ele tenha um novo dono. Ao g1, o “Pancadão de Prêmios” já detalhou como será o sorteio da propriedade. O evento que está marcado para o dia 31 de maio. Para concorrer, é preciso pagar pela assinatura mensal de R$ 19,90. Quem conseguir alugar o imóvel via Airbnb, inclusive, receberá cinco cupons da empresa para entrar na nova disputa.
Lula e o triplex
O juiz Sérgio Moro ordenou a venda do triplex em leilão público realizado em janeiro de 2018. O ex-presidente Lula, por sua vez, foi condenado em duas instâncias no processo que envolve o imóvel. Em primeira, a pena fixada foi de 9 anos e 6 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro. Na segunda instância, foram 12 anos e 1 mês de prisão, com início em regime fechado.
Lula foi acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de receber propina da empreiteira OAS. A suposta vantagem, no valor de R$ 2,2 milhões, teria saído de uma conta de propina destinada ao partido do político, o PT, em troca do favorecimento da empresa em contratos na Petrobras.
Lula nega as acusações e afirma ser inocente. Em dezembro de 2021, a Procuradoria da República no Distrito Federal pediu o arquivamento do caso, apontando para a prescrição – fim do prazo para punição – dos supostos crimes cometidos pelo ex-presidente.
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