Ex-ministro das Comunicações e integrante do grupo que discute o tema na equipe de transição do governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Paulo Bernardo afirmou nesta segunda-feira que avalia a possibilidade de taxação de empresas de tecnologia no país. A notícia é da Folha de SP.
“Temos que discutir grandes empresas de tecnologia. Uma face que ficou bem visível foi na eleição. Na Europa, eu lembro que, quando estava no ministério, a gente falava que as empresas de tecnologia não recolhiam imposto nenhum. E aí, fez uma política de tributação das gigantes, o Google, Facebook, e todo mundo agora paga”, afirmou o ex-ministro.
“Acho que a gente vai ter que avaliar aqui no Brasil como está isso, se é viável, se nós podemos. A verdade é que, se olhar para telecom, empresa grande ou pequena, o imposto pode chegar a 40%. E os gigantes de internet não pagam nada. Com certeza tem um problema aí”, completou.
As declarações foram dadas pelo ex-ministro no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), que sedia as instalações do grupo de transição. Paulo Bernardo citou ainda as empresas de streaming.
“Por exemplo: contrata um plano de TV por assinatura, que tem um imposto danado, empresa tem que colocar infraestrutura. E aí vem o Netflix, entra pela mesma infraestrutura e não paga nada. Acho que isso teria que ser pensado. Não vamos dar solução porque não é a tarefa, mas apontar ideias”, argumentou.
Além de Bernardo, fazem parte da área de comunicação da equipe de transição Alessandra Orofino, Jorge Bittar e César Alvarez. O grupo deve apresentar dois relatórios com as sugestões e informações no dia 30 de novembro. Depois, mais outro documento, dessa vez em 10 de dezembro.
96FM
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