“Por que falar em cortar gastos?”, indagou Lula. E “para que fazer superavit”, insistiu.
Elas saíram da voz cada vez mais rouca de Lula durante mais de uma hora de discurso. E pareciam muito sinceras, diziam realmente o que ele pensa sobre economia.
E o que ele pensa nasce de uma primitiva confusão entre responsabilidade fiscal e responsabilidade social — que ele colocou uma em oposição à outra –, quando na realidade não é possível em lugar algum cuidar do social sem cuidar do fiscal, nem a curto, nem a longo prazo.
Lula perguntou também por que existe meta de inflação e não existe meta de crescimento. É outro questionamento absurdo, pois a inflação compromete qualquer economia em qualquer lugar.
Faz parte do jogo quando os agentes de mercado se sentem frustrados ao ouvirem coisas das quais não gostam, como aconteceu hoje. Mas da frustração de expectativas a crise de confiança a distância não é tão grande assim.
Ela ocorre, a crise de confiança, quando as pessoas se convencem que um velho líder nada esqueceu, nem aprendeu. Lula não se pode dar ao luxo de dançar na beira dessa situação.
CNN Brasil
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