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Agência Caneta
Realizado anualmente na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, o Fórum de Lisboa, popularmente conhecido como "Gilmarpalooza", por ser organizado por um instituto criado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, chega à sua 13ª edição, de 2 a 4 de julho novamente envolto em falta de transparência e polêmicas.
O evento é um seminário jurídico-acadêmico que reúne ministros, advogados, magistrados, políticos e empresários. Ele tem como tema neste ano “O mundo em transformação — Direito, Democracia e Sustentabilidade na Era Inteligente”.
Na prática, independente da discussão do tema principal, o evento reúne e permite contato entre poderosos, que muitas vezes estão em posições que geram conflitos de interesse. Tudo isso ocorre em um ambiente de confraternização sem os devidos mecanismos de transparência, prestação de contas e delimitação institucional, segundo o advogado constitucionalista André Marsiglia.
Não há evidências ou documentação de práticas ilegais ligadas ao evento, mas ele ocorre longe do escrutínio da mídia e fora da jurisdição de entidades fiscalizadoras brasileiras. Por isso, todos os anos gera críticas e especulações com jornalistas e observadores pedindo esclarecimentos como: os participantes viajam a convite de quem? Há patrocínio? Houve afastamento formal das funções? Qual é o retorno institucional da viagem?
A Gazeta do Povo enviou todos esses questionamentos aos organizadores, ao STF e ao próprio ministro Gilmar Mendes, mas até a publicação desta reportagem não obteve retorno. O espaço segue aberto às manifestações.
Fonte: Gazeta do Povo
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