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terça-feira, 28 de junho de 2022

Rússia ainda pressiona por rendição total da Ucrânia: ‘Então tudo chegará ao fim’

 


A Rússia exigiu a rendição total da Ucrânia nesta terça-feira como a única maneira de acabar com o conflito, um dia depois de um bombardeio que matou 18 pessoas em um shopping center na região central da Ucrânia.

— O lado ucraniano pode terminar (o conflito) hoje. Unidades nacionalistas devem ser instruídas a depor as armas, soldados ucranianos devem ser instruídos a depor as armas, e todas as condições estabelecidas pela Rússia devem ser aplicadas — disse Dmitri Peskov, porta-voz do presidente russo, Vladimir Putin — Então tudo chegará ao fim.

Veja: Vídeos e fotos mostram destruição após míssil atingir shopping na Ucrânia

Encontro na Alemanha: Zelensky pede que G7 'faça o máximo' para terminar guerra até fim do ano

As declarações de Peskov indicam a determinação russa em não ceder em seus objetivos de consolidar ganhos territoriais na região de Donbass, no Leste da Ucrânia, no momento em que a guerra completa 125 dias sem fim à vista. A rendição incondicional proposta equivaleria à submissão de Kiev a Moscou, abrindo mão de sua soberania sobre parte do território ucraniano.

A declaração acontece um dia após um bombardeio russo que matou pelo menos 18 pessoas em um shopping center em Kremenchuk, no Centro do país. O ataque pareceu renovar a determinação ucraniana. O presidente do país, Volodymyr Zelensky, pediu que a Rússia seja classificada por outras nações como um “Estado patrocinador do terrorismo”:

— Este foi um dos atos terroristas mais descarados da História europeia — disse Zelensky.

Os líderes do G7, reunidos na Alemanha, afirmaram em comunicado que "ataques indiscriminados contra civis inocentes constituem um crime de guerra".

Em comunicado, o Ministério da Defesa da Rússia negou que tivesse o shopping por alvo, e disse que o incêndio foi causado após um armazém de munições próximo ser atingido por seus mísseis.

“Como resultado de um ataque de alta precisão, armas e munições de fabricação ocidental, concentradas na área de armazenamento para posterior envio ao grupo de tropas ucranianas em Donbass, foram atingidas”, disse o órgão. “A detonação de munição armazenada para armas ocidentais causou um incêndio em um shopping center inoperante localizado próximo à usina."

A afirmação de que o shopping estava vazio é falsa, segundo várias testemunhas e relatos. Por ora, ainda não foi possível verificar se o shopping foi atingido diretamente ou se o fogo se espalhou de uma edificação vizinha.

De acordo com o Exército ucraniano, o centro comercial foi atingido por mísseis disparados por bombardeiros de longo alcance Tu-22 da região russa de Kursk.

O prédio foi em grande parte destruído e queimado, confirmou um jornalista da AFP. No topo, algumas das letras verdes do nome do shopping ficaram penduradas e chamuscadas. Quatro guindastes limparam os escombros nesta terça-feira. O estacionamento foi transformado em área de emergência, onde trabalhavam salva-vidas e bombeiros.

O Conselho de Segurança da ONU analisará a partir desta terça-feira às 16h de Brasília os recentes bombardeios russos contra alvos civis na Ucrânia.

Horas após o anúncio do bombardeio em Kremenchuk, as autoridades ucranianas denunciaram um ataque com quatro mortos em Kharkiv, no Nordeste, e a morte de oito civis devido a um bombardeio em um ponto de coleta de água em Lysychansk, no Leste.

Esta cidade tornou-se alvo de intensos ataques das tropas russas após a queda de sua cidade gêmea, Severodonetsk, da qual está separada apenas por um rio.

Pelo menos oito civis foram mortos e outros 20, incluindo crianças, ficaram feridos enquanto "recolhiam água de uma cisterna", disse Serhi Haidai, governador regional de Lugansk, onde as duas cidades estão localizadas.

— Nossas defesas mantêm a linha, mas os russos estão transformando a cidade em escombros — afirmou.

Reforços da Otan

Após cúpulas da União Europeia e do G7, a Otan começa a reunir para um encontro de dois dias em Madri a partir desta terça-feira. Durante a reunião, os Estados Unidos anunciarão reforços de "longo prazo" na Europa, concentrados principalmente no flanco Leste, na fronteira com a Rússia.

No encerramento do encontro do G7, os líderes do grupo concordaram em desenvolver um mecanismo para limitar o preço do petróleo russo, buscando impactar uma importante fonte de renda para Moscou. O objetivo é "aumentar" o custo da guerra para Moscou, resumiu o chefe de governo alemão, Olaf Scholz. O G7 também prometeu participar da reconstrução da Ucrânia.

Em resposta às sanções, a Rússia proibiu 25 americanos de entrar em seu território, incluindo Jill e Ashley Biden, esposa e filha do presidente Joe Biden.

Apesar do arsenal de medidas contra a economia russa, o Kremlin assegurou que não há "razão" para falar em calote russo.

As autoridades russas reconheceram, no entanto, que devido às sanções, dois pagamentos não chegaram aos credores no prazo de domingo. Para a agência de rating Moody's, trata-se de uma situação de default.

O GLOBO COM AFP


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