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quarta-feira, 7 de junho de 2023

A inteligência artificial generativa vai acabar com muitas profissões do jeito que a gente as conhece!



A frase não é nova e eu sei que é quase certeza que você já viu, leu ou ouviu algo sobre isso. É que dentro das empresas, todo mundo tá falando, já falou ou vai falar sobre o assunto. Usar inteligência artificial generativa já é rotina pra praticamente a metade do mundo corporativo pela pesquisa que a Resume Builder fez em fevereiro desse ano.

Os números são, sim, bastante preocupantes se a gente analisar só a lógica dos cargos que vão – e já estão -desaparecendo. Até mesmo porque, das empresas que já estão usando o novo recurso, quase metade já demitiu gente que ficou com o cargo meio inútil com a chegada das possibilidades trazidas. Como isso está gerando, em tese, uma economia de grana, 93% dos CNPJ´s que já usam querem usar mais… claro.

Então esse negócio veio pra arrebentar com o emprego do trabalhador? Sim e não. Sim porque pensa em como as IA´s generativas podem e já estão ajudando o backoffice das empresas. Tudo que antes precisava ser colocado por um ser humano numa planilha, cada vez mais, vem sendo alimentado automaticamente por bot´s que não precisam parar pra comer.

As IA´s fazem a leitura e a alocação automática dos dados de entrada, saída, compras, vendas, logística, atendimento e, em muitos casos, já geram relatórios com análises e sugestões de ação… Elas já estão automatizando e muito o atendimento ao cliente, os processos internos, as trocas de produto e por aí vai. Se você trabalha com esse tipo de coisa, é melhor ficar esperto mesmo.

Desse ponto de vista a tecnologia tá vindo pra demitir, pra ocupar o lugar das pessoas, pra acabar com o sustento de muitas famílias – e isso é, sim, bem triste. Só que todos esses argumentos correm um risco enorme de parecer quase infantis por um motivo muito simples… a inteligência artificial não é e nem nunca vai ser fora da curva… essa é uma missão pras nossas inteligências naturais.

Pensa comigo: As IA´s generativas são SEMPRE o resultado daquilo que elas aprendem, certo?! E quem dá essas aulas pra elas? A gente que sua, tem chulé e toma banho todos os dias (teoricamente). Pra chegar a uma resposta sobre algo, uma IA analisa milhares, às vezes milhões de resultados diferentes.

Tudo que toda e qualquer IA gera é, portanto, a média de muitos outros resultados. Deu pra entender? A média. É SEMPRE A MÉDIA! Por um acaso eram ou são medianos Steve Jobs, Bill Gates, Mark Zuckerberg, Barack Obama, Oprah Winfrey, Djamila Ribeiro e todo mundo que fez ou faz coisas absurdas que revolucionam mercados e mudam o comportamento humano?! Não, né…

Portanto, se você é a pessoa que anda morrendo de medo de ser substituído no trabalho por um ChatGPT da vida, acredite, isso diz muito mais sobre você como profissional do que sobre a tecnologia em si. Se algo que só produz conteúdos com qualidade suficiente pra passar de ano entrar no seu lugar é porque, talvez, você não esteja fazendo nada de muito produtivo do ponto de vista de análise e criação.

Nada contra o conceito de backoffice, é um dos tipos de trabalho mais fundamentais dentro das corporações. Mas, comparando com outras áreas, como pesquisa e desenvolvimento, por exemplo, é possível que funções como colocar informações numa tabela e gerar análises simples a partir de números sejam, provavelmente, as mais repetitivas e que demandem menos criatividade na execução.

É claro que esse é um exemplo reducionista do que é backoffice, eu sei, mas concorda que a lógica faz algum sentido?! E não adianta evitar olhar pra dentro. Culpar a tecnologia por ter engolido o trabalho de quem não se atualizou ou não percebeu que fazia algo ultrapassado é como um taxista que culpava a chegada dos apps de carona sem pensar em como melhorar o próprio trabalho e agregar valor no que fazia.

Se o cliente vir na tecnologia a oportunidade de ter um produto ou serviço melhor e/ou mais barato ele vai ficar contra você e ponto. Não é fácil, eu sei, mas brigar contra a tecnologia, nesses casos, é absolutamente inútil… chega a ser imaturo em alguns casos.

No título desse texto eu falo que talvez a gente que é brasileiro ainda não esteja pronto pra esse tipo de discussão porque é complexo demais falar que o profissional precisa se capacitar por conta própria num país com quase 9% da força de trabalho sem trabalho e um índice baixíssimo de eficiência no investimento em educação e recursos básicos de sobrevivência em sociedade.

O fato é que a chegada de uma tecnologia que muda o jeito que o ser humano entende o trabalho é algo que existe desde que o pagamento dos soldados do Império Romano era feito com porções do mesmo sal que, além de tempero, servia pra cicatrizar feridas e conservar alimentos. Tudo isso muito antes de existir geladeira frost free side by side que cospe gelo na porta metálica e te diz as notícias do dia.

E não, as IA´s generativas não estão chegando só pra acabar com muitos empregos, elas também estão criando cargos que não existiam até aqui. As pesquisas da Resume Builder também dizem que mais de 90% das empresas que têm vagas abertas também estão contratando profissionais com experiência e familiaridade em ChatGPT.

Aliás, 30% delas querem esse perfil de trabalhador com urgência. E quase 30% das empresas querem contratar engenheiros de prompt ainda em 2023. Sabe o que faz essa pessoa? É quem trabalha construindo e treinando modelos de linguagem baseados nas IA´s generativas. Uma profissão que até pouquíssimo tempo atrás nem existia.

Deu pra entender? A frase que eu vou falar agora tem um quê muito forte de filosofia de botequim, mas, pra mim, faz todo sentido: As mudanças que a tecnologia causa no mercado de trabalho seguem a lógica das escolhas que a gente faz pras nossas próprias vidas. Por causa das IA´s muitas funções vão morrer e tantas outras novas vão nascer.

Do mesmo jeito que todos os dias centenas de milhares de pessoas morrem no mundo, outras centenas de milhares nascem, transformando a tristeza da perda em esperança pelo nascimento. Os dados de crescimento global mostram que já faz tempo que tem bem mais gente nascendo que morrendo todos os dias.

A nós, então, cabe o dever de fiscalizar e cobrar uma balança superavitária não só de nascimentos e mortes de pessoas… mas de lugares pra toda essa gente trabalhar. E até nisso a mediana inteligência artificial generativa de backoffice pode ajudar – e muito – as nossas cabeças humanas brilhantes!

 CNN

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