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sexta-feira, 21 de maio de 2021

Estudos para porto-indústria no mar do RN serão iniciados

Notícias | CODERN - CIA DOCAS DO RIO GRANDE DO NORTE 

Fonte: Tribuna do Norte

A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico (Seded/RN) e Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) assinaram nessa quinta-feira (20), um convênio para realização de estudos de viabilidade técnico-econômica para a construção de um porto-indústria eólica offshore (no mar), no litoral norte-riograndense. A ideia é que o empreendimento proporcione desenvolvimento tecnológico da infraestrutura portuária para suporte ao setor eólico. O prazo de execução do projeto é de 18 meses e o investimento é de R$ 1,1 milhão, recursos oriundos do Governo do Estado.

45Os estudos serão feitos pela Fundação Norte-Rio-Grandense de Pesquisa e Cultura (Funpec), vinculada à UFRN, e já deve apresentar, num prazo de seis meses, pelo menos três áreas possíveis para o novo porto. Além do uso para o setor eólico, o Estado pretende utilizar o empreendimento para dar vazão a outros setores econômicos, como o da exportação de frutas, granéis (sólidos e líquidos), minerais e ancoragem de empresas multinacionais.

Ao lado de secretários e interlocutores do Governo do Estado, a governadora Fátima Bezerra frisou a importância do projeto do porto-indústria, que segundo ela, uma vez pronto, será uma fonte de emprego e renda para a população potiguar e mais um espaço para viabilização e potencialização da indústria eólica no Rio Grande do Norte.

“Um dos grandes entraves para o desenvolvimento da nossa economia em larga escala é exatamente a ausência de uma infraestrutura portuária adequada. É um passo muito importante. Ao invés de irmos em busca de consultorias de fora, estamos buscando a consultoria local, valorizando a prata da casa. Nós temos sol, vento e uma equipe competente que permitiu escolher uma empresa de consultoria local para elaborar um projeto tão importante e urgente para o Rio Grande do Norte”, destacou a governadora.

Para o titular da Sedec, Jaime Calado, a criação de um porto em alto mar pode potencializar as exportações de itens produzidos no Rio Grande do Norte, bem como consolidar o mercado de energia eólica no Estado. “Vai destravar tanto as exportações de sal, ferro, frutas e tantos outros produtos como vai também abarcar o futuro com a energia eólica offshore, já que temos o maior potencial do Brasil, temos as pessoas mais qualificadas e um sistema de incentivos fiscais e não podemos perder a dianteira deste processo”, afirmou.

Parceria

O reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Daniel Diniz, destacou a viabilidade do projeto para a sociedade. “Certamente este é o principal limitador para atração de empresas para o Rio Grande do Norte. Este projeto é fundamental, afinal outros Estados atraem as empresas na área offshore que já poderiam atuar no RN”, disse.

Segundo o Governo do Estado, serão elaborados os seguintes estudos: caracterização dos setores econômicos estratégicos do Estado do Rio Grande do Norte e suas necessidades de infraestrutura portuária; avaliação da localização do porto-indústria e estudos ambientais; estudo de viabilidade técnico-econômica-ambiental (EVTEA) para o porto-indústria; identificação e caracterização das partes interessadas do porto-indústria e também a elaboração do plano estratégico para operacionalização e para o desenvolvimento da cadeia produtiva e industrial.

De acordo com coordenador de energias renováveis da Sedec, Hugo Fonseca, as avaliações feitas pela Funpec também vão embasar o “plano mestre” do porto, o que inclui as formas de gestão para o espaço. “Toda parte de expertise para captação de empresas que irão ficar prontas no porto, principalmente operando o porto, mas utilizando o local também. É o mapeamento de stakeholders que vão usar o espaço para produção”, explicou.

“O porto tem que se projetar num tempo mínimo de vida de 35 a 55 anos de operação. O porto tem que ter know-how de energia eólica offshore, porque não existe nenhum porto adequado para esta realidade, fora isso tem que pegar toda a parte de exportação para minério, de granéis e fruticultura. Não é para ter apenas uma vertente, tem que ser um espaço multipropósito”, completou Hugo Fonseca.



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