Foto: José Cruz/Agência Brasil
Aumento de instituições paradas ocorre após o movimento grevista rejeitar a proposta do governo Lula (PT). Representantes do MEC (Ministério da Educação) e da pasta de Gestão e Inovação apresentaram, na semana passada, uma proposta de 9% de reajuste aos professores e 9,5% aos servidores em 2025 — mantendo assim em 0% o aumento para esse ano. Para 2026, seriam 3,5% para ambas as categorias.
Categorias definiram a reunião com o governo como “decepcionante”. “A proposta foi tão ofensiva às nossas expectativas que ocorreu um crescimento da greve, vários campi que não tinham aderido agora aderiram”, disse Lobão, que também é professor de matemática do IFPB (Instituto Federal da Paraíba).
A Andifes (associação que reúne os reitores das universidades federais) afirmou à reportagem que 22 instituições estão em greve no momento. Outras 12 estão com indicativo para paralisação aprovado e 16 já decidiram que não vão aderir. Em 17 universidades ainda haverá assembleia para decidir sobre o movimento, afirma o grupo.
O UOL procurou o MEC, que disse ter encaminhado os questionamentos ao MGI (Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos). Não houve respostas até a publicação deste texto.
A greve teve início em 2 de abril por parte dos professores, mas ganhou força em 15 de abril. A categoria técnico-administrativa começou a paralisação no mês passado, em 18 de março.
Quais são as reivindicações
Os professores reivindicam reajuste salarial de 22% dividido pelos próximos três anos — 7,06% em cada, começando em 2024. Já os servidores técnico-administrativos pedem por um aumento de 34%, também dividido no mesmo período de tempo.
As categorias também pedem reestruturação da carreira e um “revogaço” de leis dos últimos governos. Segundo o presidente do Andes, o governo não deu atenção a reorganização de carreira e deixou “escanteados os aposentados e aposentadas, que não vão ter qualquer espécie de acrescimento na sua renda nesse ano”.
Os servidores também pedem a recomposição do orçamento de investimento na rede federal de ensino. No primeiro ano do governo Lula, as instituições tiveram um aumento no orçamento comparado a 2022, mas este ano a verba minguou — as instituições afirmam que precisam de R$ 2,5 bilhões a mais nas contas para fecharem o ano.
Segundo a reportagem apurou, o tema não avançou nas negociações do governo com os movimentos grevistas.
UOL
Nenhum comentário:
Postar um comentário