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domingo, 5 de janeiro de 2025

Soldado israelense alvo de pedido de investigação deixou território brasileiro de forma “rápida e segura”, diz governo de Israel


 Foto: Reprodução/Redes Sociais

O soldado israelense Yuval Vagdani , alvo de um pedido de investigação da Justiça Federal, deixou o Brasil na noite de sábado (4). Conforme apurou a CNN, o militar saiu do país em um voo comercial com origem em Salvador (BA) e destino a Buenos Aires, capital da Argentina.

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores de Israel informou que a embaixada israelense no Brasil fez contato com o soldado e sua família, “prestando apoio durante todo o evento e garantindo sua saída rápida e segura” do país.

O militar visitava o Brasil a turismo, conforme consta em sua página pessoal no Instagram. Em uma das fotos, ele aparece com amigos em um hotel em Morro de São Paulo (BA). As imagens constam no processo aberto pela Justiça brasileira.

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O soldado deixou o Brasil justamente após a Justiça Federal determinar uma investigação contra ele por supostos crimes de guerra praticados na Faixa de Gaza. A apuração será conduzida pela Polícia Federal (PF), com solicitações de diligências do Ministério Público Federal (MPF).

A determinação é da juíza federal Raquel Soares Charelli, datada de 30 de dezembro de 2024, com despachos em 3 de janeiro para envio de material à PF. Em nota divulgada neste domingo (5), a PF confirmou o recebimento da determinação e disse que “analisa a adoção das medidas pertinentes”.

O pedido inicial de investigação foi feito por meio de uma notícia-crime formulada pelos advogados Maira Machado Frota Pinheiro e Caio Patrício de Almeida, que alegaram que Yuval Vagdani, cidadão israelense e possível “criminoso de guerra”, encontrava-se em território nacional.

Segundo os advogados, o Estado brasileiro, como signatário de tratados internacionais, como a Convenção de Genebra e o Estatuto de Roma, tem o dever de reprimir tais crimes, mesmo que tenham sido cometidos fora do território nacional.

Em nota, o governo israelense afirmou que tem “chamado a atenção” dos israelitas para publicações feitas nas redes sociais sobre o serviço militar. “Elementos anti-israelenses podem explorar essas publicações para iniciar processos judiciais infundados contra eles”, afirmou o governo.

CNN Brasil

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