Polícia isola área de ataque em massa na Bourbon Street, em Nova Orleans — Foto: Matthew Hinton/AFP
O homem que jogou uma caminhonete contra uma multidão de pessoas que comemoravam o Ano Novo em Nova Orleans nesta quarta-feira foi identificado como Shamsud-Din Jabbar, um cidadão americano de 42 anos do Texas e veterano do Exército, e levava uma bandeira do grupo terrorista Estado Islâmico no veículo, informou o FBI (polícia federal americana).
“Uma bandeira do EI foi encontrada no veículo, e o FBI está trabalhando para determinar as potenciais associações e afiliações do indivíduo com organizações terroristas”, disse a agência em um comunicado.
Posteriormente em entrevista coletiva, Alethea Duncan, representante do FBI revelou que o homem serviu no Exército dos EUA, mas não quis fornecer detalhes sobre sua ficha criminal.
Ele matou pelo menos 10 pessoas e feriu dezenas antes de ser morto em uma troca de tiros com a polícia. Potenciais bombas caseiras foram encontradas em seu veículo e ao redor do Quarteirão Francês, o local do ataque, segundo o FBI, que investiga o crime como um “ato de terrorismo”.
O presidente francês Emmanuel Macron enviou suas condolências nesta quarta-feira às famílias das vítimas do ataque contra uma multidão que celebrava o Ano Novo.
“Nova Orleans, tão querida aos corações dos franceses, foi atingida pelo terrorismo”, escreveu no X em francês e inglês. “Nossos pensamentos estão com as famílias das vítimas e dos feridos, assim como com o povo americano, cuja tristeza compartilhamos.”
Horas depois do ataque, o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, associou o crime à imigração irregular e afirmou que o país vive uma onda de violência “jamais vista”, alegações que não correspondem à realidade.
“Quando eu disse que os criminosos que estão chegando são muito piores do que os criminosos que temos em nosso país, essa declaração foi constantemente refutada pelos democratas e pela mídia de notícias falsas, mas acabou sendo verdade”, escreveu Trump em sua rede social, o Truth Social.
Além de o homem ter sido identificado como um cidadão americano, em setembro do ano passado, o FBI anunciou que, em 2023, houve uma queda de 3% no número de crimes violentos em relação ao ano anterior — os homicídios caíram 11,6%, os estupros 9,4% e os episódios de agressão tiveram queda de 2,8%. Um estudo do Conselho sobre a Justiça Criminal, de janeiro do ano passado, mostrou redução de 10% nos homicídios em 32 cidades pesquisadas e apontou que a criminalidade estava mais elevada nos tempos de Trump como presidente do que atualmente.
O Globo
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