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terça-feira, 19 de novembro de 2013

Henrique usa cota indenizatória para retribuir doações de campanha

Henrique usa cota indenizatória para retribuir doações de campanha



Com apenas uma nota fiscal emitida ao mês, deputados federais conseguem usar toda a cota de combustíveis a que têm direito. E entre os documentos apresentados, estão notas de postos de combustível de parentes dos parlamentares e estabelecimentos que foram doadores em suas campanhas. A informação é do jornal Estado de São Paulo e foi divulgada no final de semana tendo, como um dos personagens, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, do PMDB.
Segundo o jornal, nas contas do presidente da Câmara aparece como fornecedores alguns postos que contribuíram para a campanha do parlamentar. O posto em que Henrique gastou quase R$ 17 mil apenas no primeiro semestre também doou R$ 10 mil para a campanha eleitoral dele.
Esses gastos com gasolina entram na conta da cota indenizatória, que é o ressarcimento feito ao deputado pela Câmara dos gastos com a atividade parlamentar. Além da gasolina e lubrificante, entram na relação de utilização da cota, também, o aluguel de veículos, passagens aéreas, divulgação, manutenção de escritório parlamentar, telefone e, até, alimentação. Tudo isso é uma espécie de “bolsa” para trabalhar que o parlamentar recebe além do salário de R$ 27 mil por mês.
Por sinal, quando era ainda candidato a presidência da Câmara, o deputado Henrique Alves já apareceu como contratante da Global Transportes, de aluguel de veículos no Distrito Federal. O detalhe é que, por trás da empresa, estava o ex-assessor do César Cunha. Segundo a revista “Veja”, dos R$ 32 mil mensais para custear as despesas do mandato, Henrique gastava cerca de R$ 8.300 só com aluguel de carros.
COMBUSTÍVEIS
Ainda de acordo com a matéria, no primeiro semestre, dez deputados federais gastaram até o último centavo a que têm direito. Eles apresentaram apenas uma nota por mês com o valor total da cota, sempre em seus Estados de origem, nos mesmos estabelecimentos ou pertencentes ao mesmo dono.
De janeiro a junho, a Câmara dos Deputados gastou R$ 7,8 milhões para reembolsar os gastos de parlamentares com combustíveis e lubrificantes. Cada um tem direito a consumir R$ 4,5 mil mensais para abastecer veículos usados no exercício do cargo. Angelo Agnolin (PDT-TO), por exemplo, traz na descrição da nota apresentada em março o consumo de 1.521 litros de gasolina, o que seria suficiente para fazer um carro médio rodar pelo menos 15 mil quilômetros. Ainda na mesma nota, o deputado paga três preços diferentes de gasolina comum (R$ 2,79, R$ 2,95 e R$ 3,12).
Contudo, é bem verdade é que não é só com outros deputados que essa situação acontece. Em setembro, um levantamento exclusivo feito pel’O Jornal de Hoje mostrou que os gastos da bancada federal potiguar com combustíveis chegaram a R$ 196.788,04, nos oito primeiros meses de 2013.
Com esse valor seria possível comprar quase 68 mil litros de gasolina (isso em Natal, onde a gasolina custa em média R$ 2,89). Dividido esse valor igualmente pela bancada potiguar e pelos oito meses que já se passaram, é possível dizer que cada deputado federal do RN teve 1 mil litros de gasolina a disposição para rodar pelo Estado.
Consequentemente, se usassem carros com um valor médio de consumo de 10 quilômetros por litro, é possível dizer que cada uma dos deputados rodou 10 mil quilômetros por mês. Como forma de comparativo, o Rio Grande do Norte tem, apenas, 400 quilômetros de litoral. Ou seja: por mês, se quisessem, os parlamentares potiguares poderiam ter cruzado 25 vezes todo o Estado pela beira da praia.
A deputada federal Sandra Rosado, do PSB, foi a que gastou mais: R$ 32.838,81 em oito meses. Paulo Wagner, do PV, aparece logo depois, com R$ 31.299,10. A relação continua com João Maia (R$ 29.824,34); Fábio Faria (R$ 24.946,01) e Betinho Rosado (R$ 24.271,18).



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