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sábado, 30 de dezembro de 2017

O que pode estar por trás da negociação entre Boeing e Embraer, a 3ª maior exportadora do Brasil


Legacy em frente a hangar da Embraer

Fonte: BBC 

A Embraer, terceira maior exportadora do Brasil em 2017, está na mira da Boeing, a fabricante de aeronaves americana.
As duas empresas confirmaram nesta quinta-feira, segundo nota divulgada no site da Embraer, que "estão em conversações a respeito de uma potencial combinação, cujas bases ainda estão em discussão".
"Não há garantias de que essas discussões resultarão em uma transação", diz o texto assinado em conjunto por Boeing e Embraer, que não deixa claro se está em discussão uma fusão, venda ou parceria para fabricar produtos específicos.
Uma eventual união entre as empresas pode criar uma gigante da aviação mundial, com atuação tanto na aviação regional quanto no segmento de longa distância.
Tal "combinação" entre a brasileira e americana seria uma reação à união das respectivas concorrentes Bombardier e Airbus.
Maior rival da empresa americana, a francesa Airbus passou a atuar no segmento de aeronaves de médio alcance recentemente, ao comprar o programa de jatos regionais da canadense Bombardier.
Ao se associar com a Embraer, a Boeing também poderia entrar no mercado de jatos com capacidade para até 130 passageiros.

3ª maior exportadora

A Embraer é a terceira maior exportadora do Brasil, segundo balanço do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços que contabilizou valores exportados entre janeiro e novembro deste ano. Está atrás apenas da Vale e da Petrobras, nessa ordem. O mesmo aconteceu no ano passado.
Por questões de sigilo comercial, o ministério diz que não divulga o valor exato de exportação das empresas.
A fabricante sediada em São José dos Campos faturou R$ 21,4 bilhões em 2016. Em outubro, anunciou lucro líquido de R$ 351 milhões no primeiro trimestre, revertendo uma perda, no mesmo período do ano passado, que fora de R$ 111,4 milhões.
Homem olha debaixo de avião com lanterna
No entanto, a própria empresa projetou um cenário pior para 2018.
"A Embraer espera que 2018 seja um ano de transição, uma vez que a empresa terá a entrada em produção seriada do primeiro modelo E2, o E190-E2, que está programado para ter sua primeira entrega em abril de 2018", disse a companhia em um comunicado sobre seus resultados divulgado em 27 de outubro.

Privatização da Embraer


Avião da Embraer

A Embraer foi privatizada em 1994, no fim do governo Itamar Franco, por R$ 154,1 milhões à época.
Na ocasião, o acordo previa ao governo brasileiro uma "golden share", ação que dá o direito a veto a diferentes decisões, entre elas a transferência de controle acionário da companhia.
O presidente Michel Temer foi informado ontem das conversas entre Embraer e Boeing. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, ele só não estaria disposto a autorizar um acordo que represente a venda do controle da Embraer.
Além do aval do governo brasileiro, a negociação também precisaria ser aprovada pelos conselhos das duas empresas e pelos órgãos reguladores de Brasil e Estados Unidos.

Quem são os atuais acionistas

A Embraer tem acionistas estrangeiros e nacionais, divididos entre pessoas físicas, jurídicas e institucionais.
Entre os nacionais, estão, por exemplo, o BNDES Participações e a Previ, o fundo de pensão do Banco do Brasil, com 5,4% e 4,8% das ações, respectivamente.
Segundo a empresa, além do BNDESpar, são considerados como acionistas relevantes os estrangeiros Brandes Investments Partners (15%), Mondrian Investments Partners (10%) e Blackrock (5%).

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