Foto: Rodrigo Néspolo – LA NACION
Alberto Fernández desceu do helicóptero presidencial na Quinta de Olivos e ignorou o chalé. Ele se dirigiu à casa de hóspedes, onde morava a primeira-dama, Fabiola Yáñez, de quem já estava separado de fato. Não queria vê-la, mas sim o filho deles, Francisco. Mas algo aconteceu. Gritos foram ouvidos, e o incidente terminou com ele puxando o cabelo dela e segurando-a pelo braço, seguidos pela mãe dela.
Pelo menos duas pessoas presenciaram o incidente: um militar – ainda em atividade – e o então administrador do local de Olivos, que se interpôs entre o então Presidente e a então Primeira-Dama, os separou e levou Fernández para longe dali em um carrinho de golfe, até que ele se acalmasse, segundo a reconstrução feita pelo jornal LA NACION nos últimos dias
No entanto, esse não foi o único incidente registrado na Quinta de Olivos, o local mais controlado da Argentina, onde prevalecem a lealdade à Presidência, os acordos de confidencialidade laboral, a obediência militar devida, o medo de enfrentar o poder e sofrer represálias, e a conveniência do silêncio. Mas isso começa a se deteriorar.
Testemunhas potenciais enfrentam dilemas sobre revelar o que viram. A segurança e sigilo na Quinta de Olivos passam por escrutínio judicial. A denúncia inclui suposta violação de deveres de funcionário público e crimes “de sombra”. Promotores buscam indícios para verificar as alegações da ex-primeira-dama.
O Globo
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