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sábado, 7 de dezembro de 2024

Zelensky diz que teve reunião ‘boa e produtiva’ com Trump e Macron em Paris


 Trump está em Paris e se reuniu com Macron e com Zelensky, presidente da Ucrânia — Foto: Piroschka van de Wouw/Reuters

Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky reuniu-se neste sábado (7) com os presidentes da França, Emmanuel Macron, e o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, para tratar da guerra contra a Rússia.

Os três deixaram o palácio presidencial de Eliseu por volta das 14h10 e, segundo Zelensky, a reunião foi “boa e produtiva”.

“Nós todos queremos que essa guerra acabe o mais rápido possível e de uma forma justa. Nós falamos sobre nosso povo, a situação na terra e uma paz justa”, disse o ucraniano.

O governo francês confirmou o encontro do trio, mas não detalhou os assuntos a serem tratados. A Ucrânia segue em conflito com a Rússia, após ter territórios invadidos em fevereiro de 2022.

Na saída do encontro, Trump não comentou sobre a Ucrânia, mas falou sobre as ofensivas de rebeldes na Síria que tentam derrubar o regime de Bashar al-Assad, há 24 anos no poder.

“A Síria está uma bagunça, mas não é nossa amiga, e os Estados Unidos não devem ter nada a ver com isso. Essa luta não é nossa”, afirmou o americano.

Trump e outros chefes de estado estão em Paris para a reabertura da Catedral de Notre-Dame, que está fechada desde que foi atingida por um grande incêndio, em 2019.

Na campanha presidencial deste ano, o americano afirmou que poderia acabar com a guerra entre Ucrânia e Rússia em apenas um dia, sem dizer como faria isso. O presidente eleito se gaba de ter bom relacionamento com o russo Vladimir Putin.

Após a eleição, Trump anunciou um general como enviado especial para negociar o fim da guerra na Ucrânia: Keith Kellogg, de 80 anos, elaborou um plano para terminar o conflito.

Entre as ações estão:

  • Todas as linhas de batalha seriam congeladas para o início das conversas para um cessar-fogo;
  • EUA só fornecerão mais armas à Ucrânia se o país participar de negociações de paz;
  • Rússia seria alertada de que os EUA aumentariam o apoio à Ucrânia caso se negue a negociar um acordo para o fim da guerra;
  • Entrada da Ucrânia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) seria adiada.

À época, especialistas afirmam que o plano pode não agradar o governo ucraniano. Isso porque o país provavelmente perderia territórios para a Rússia de forma definitiva diante deste acordo.

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