Foto: STF
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) vai julgar analisar nesta segunda-feira (24) a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O julgamento será virtual e ocorrerá entre 8h e 20h.
Nesse formato, os ministros depositam seus votos na página eletrônica da Corte.
Participam do julgamento o presidente da Turma, ministro Flávio Dino, e os ministras Cristiano Zanin e Cármen Lúcia. Moraes, por ser o autor da decisão, não vota.
Bolsonaro está preso desde sábado (22), após a Polícia Federal apontar risco de fuga, violação da tornozeleira eletrônica e tentativa de usar aglomeração de apoiadores para facilitar um despiste às autoridades.
Ele cumpria prisão domiciliar por tentativa de atrapalhar o processo do golpe de Estado, em que foi condenado a 27 anos e 3 meses de detenção.
Neste domingo (23), o ex-presidente passou por audiência de custódia na Superintendência da PF, em Brasília, que manteve a prisão preventiva.
O que Bolsonaro disse na audiência de custódia
Em depoimento à juíza Luciana Sorrentino, na audiência de custódia, Bolsonaro afirmou que o episódio da violação da tornozeleira ocorreu durante um “surto” provocado por medicamentos psiquiátricos. Segundo ele, a pregabalina — prescrita para dores neuropáticas e ansiedade — teria lhe causado “paranoia” e “alucinações”.
A ata da audiência registra:
- Bolsonaro disse ter acreditado que havia uma escuta na tornozeleira;
- Com um ferro de soldar, tentou abrir a tampa do equipamento;
- Alegou ter “caído na razão” e interrompido a ação;
- Comunicou os agentes de custódia em seguida;
- Relatou não se lembrar de ter tido um surto semelhante antes;
- Disse ter começado a usar um dos remédios “havia quatro dias” antes da prisão.
- O ex-presidente negou qualquer intenção de fuga.
O julgamento desta segunda-feira
A Primeira Turma vai decidir se:
- mantém a prisão preventiva de Bolsonaro, ou
- revoga a decisão de Moraes.
Se a Turma confirmar a prisão:
Bolsonaro pode permanecer preso por tempo indeterminado — enquanto a Justiça entender que a medida é necessária. No entanto, por lei, prisões preventivas devem ser reavaliadas a cada 90 dias.
Fonte: g1
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