O Sindicato dos Servidores da Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde-RN) decidiu fazer nova greve a partir do próximo dia 8 de setembro. A decisão foi tomada em votação durante assembleia geral realizada na manhã de ontem, 29. As principais reivindicações da categoria são: manutenção da atual jornada de trabalho, a garantia de abastecimento dos hospitais e a garantia de repasses para a saúde pública.
“Decidimos pela paralisação devido à confirmação da portaria 321, do dia 22 de agosto, pois, não vamos aceitar este novo pacote. Tivemos uma reunião com o secretário e não houve acerto”, declarou Rosália Fernandes, diretora do Sindsáude/RN. Cerca de 60 servidores participaram da assembleia. O Estado tem quase 15 mil servidores na rede pública de saúde.
A portaria 321 diz respeito à carga horária de trabalho para o pessoal administrativo, que vinha trabalhando em plantões de 6 e 12 horas. O secretário Luiz Roberto Fonseca confirmou que a partir do próximo 1º de setembro os novos efeitos seriam aplicados. O documento também altera o funcionamento dos plantões eventuais, diminuindo a possibilidade deste tipo de gratificação.
“A proposta da Sesap prejudica os profissionais. A partir de 1 setembro, trabalharemos 4h, folgamos duas e trabalhamos mais 4h. Porém, não haverá auxílio-alimentação e nem vale transporte. O trabalhador terá que tirar dinheiro do próprio bolso para bancar este intervalo. É inaceitável”, afirmou Rosália Fernandes.
Durante a assembleia, a diretoria do Sindsaúde também aprovou o calendário da paralisação. No dia 1º de setembro haverá ato para a entrega de compromissos com os candidatos ao governo do estado, seguido por manifesto na sede da Unicat, no dia 3, e protesto em hospital, a ser definido, no dia 5.
Em relação à Unicat – Unidade Central de Agentes Terapêuticos – o Sindsaúde promoveu um manifesto em frente à sede do instituto na última quarta-feira, 27. Na quinta, a Sesap sinalizou que denunciaria a categoria ao Ministério Público Estadual, cobrando o ressarcimento dos prejuízos causados.
O Sindsaúde se defendeu das acusações e afirmou que apenas expôs a situação precária na qual os funcionários e a população enfrentam. “Não houve isso. O secretário tem que se preocupar em repor os medicamentos e organizar a saúde pública no Estado. São mais de 52 itens em falta nos hospitais”, declarou Rosália Fernandes. De acordo com o Sindsaúde, uma nova reunião com a Sesap já foi pedida junto ao MPE e ao TCE e deve ocorrer durante a próxima semana.
TN
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