Fonte: A Referencia
Em enfrentamento às crescentes sanções da China, a Austrália tem investido na ampliação de sua rede diplomática em pequenas nações do Oceano Pacífico, apontou a Bloomberg neste domingo (3).
A primeira medida foi a promessa de fornecer vacinas de combate à Covid-19 aos países vizinhos – parte de um pacote de 500 milhões de dólares australianos, o equivalente a R$ 2 bilhões.
O objetivo, conforme o primeiro-ministro Scott Morrison, é garantir a “cobertura total” de imunização da região. Outra iniciativa compreende o recente acordo com as ilhas Fiji, uma das nações mais populosas do Oceano Pacífico, para permitir exercícios militares recíprocos em seus territórios.
A estratégia vem na esteira da crescente influência da China entre as 14 nações das Ilhas do Pacífico. Juntas, as ilhas somam apenas 13 milhões de habitantes, mas têm localização estratégica para Beijing, avaliam especialistas de Washington e Camberra.
O recente avanço chinês sobre o Mar da China Meridional reforça o alerta de que Beijing poderia buscar estabelecer bases navais ali. A questão é um dos vários pontos “sensíveis” com a Austrália.
A tensão se acentuou em abril, quando Morrison convocou uma “investigação independente” sobre a origem do novo coronavírus. Os primeiros casos foram registrados na cidade chinesa de Wuhan, em janeiro.
Além de boicotar mais de dez commodities australianas, a China já enviou novos embaixadores às Ilhas Salomão e Kiribati – dois países que reconheceram Taiwan recentemente.
No dia 28, a porta-voz da chancelaria chinesa, Hua Chunying, relatou uma aproximação de Beijing com as ilhas do Pacífico desde o início da pandemia. “Também consideramos o fornecimento de vacinas aos países insulares”, disse.
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