Além disso, o Pacífico tropical está sob influência do La Niña, com curtas interrupções, desde setembro de 2020, mas isso teve apenas um efeito de resfriamento limitado nas temperaturas globais.
O secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, disse que tudo indica que os últimos oito anos sejam os mais quentes já registrados, com uma aceleração do aumento do nível do mar e do aquecimento dos oceanos.
Segundo ele, a continuidade do La Niña prolonga as condições de seca e inundação nas regiões afetadas. Taalas informou que a comunidade internacional está particularmente preocupada com a atual catástrofe humanitária para milhões de pessoas no Chifre da África, causada pela seca mais longa e severa da história recente.
Um alerta de várias agências sobre o Chifre da África sinaliza que uma quinta temporada consecutiva de seca foi desencadeada por um período fraco de chuvas de outubro a dezembro. Chuvas abaixo da média também são prováveis durante a estação de março a maio de 2023.
Mais de 20 milhões de pessoas já sofrem de insegurança alimentar severa em países como Quênia, Somália e Etiópia. Partes da Somália, por exemplo, correm o risco de registrar uma onda de fome até o final do ano.
De acordo com a OMM, as condições climáticas também foram mais secas que o normal neste ano na Patagônia, América do Sul e sudoeste da América do Norte. Assim como no leste da África. Enquanto no sul da África, norte da América do Sul, no continente marítimo e no leste da Austrália foi mais úmido do que o normal.
Chuvas de monção mais intensas e mais longas no sudeste asiático estão associadas ao La Niña. O Paquistão, por exemplo, experimentou chuvas arrasadoras em julho e agosto.
A REFERÊNCIA
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